Fonte: Celulose Online - 08/09/07
O fluxo de dinheiro que vai correr no mercado de créditos de carbono neste ano é de US$ 1 bilhão. Esse valor corresponde a um décimo do potencial do negócio, que vai começar a esquentar mesmo em 2008. Mas o Brasil está perdendo fatias cada vez maiores desse bolo para os suspeitos de sempre --China e Índia--, na avaliação de um dos principais empresários do setor, o engenheiro agrônomo Pedro Moura da Costa.
Conforme prevê o Protocolo de Kyoto, o acordo internacional contra as emissões de gases de efeito estufa, o mercado mundial de carbono gira em torno de papéis que são emitidos por projetos que reduzam a emissão de gás carbônico ou outros gases que esquentam o planeta.
Pode ser um aterro sanitário, que evite emissão de metano, ou uma usina de álcool, que corte emissões de CO2. Esses papéis, provenientes de nações ricas ou pobres, são comprados por países ricos que têm metas de redução de emissões a cumprir por Kyoto.
Radicado em Londres, o empresário se formou pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro antes de ir para a Malásia, onde a idéia de abrir a empresa surgiu. Se todos os certificados comercializados pela empresa (hoje presente em 27 países) fossem pagos ao mesmo tempo, isso renderia o total de 1,7 bilhão.
Uma das razões da queda do desempenho brasileiro, diz, é a atitude do governo. Como todo projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) --que gera os créditos de carbono-- tem de ser aprovado na esfera governamental, o funcionamento dessa engrenagem passa a ser fundamental para todo o sistema.
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