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Apesar da economia que anda de lado no Brasil e afunda na Argentina, a Nissan projeta crescimento de 18% da produção na fábrica de Resende (RJ) este ano, para perto de 125 mil unidades (contra 106 mil em 2018). O desempenho positivo está lastreado no aumento da participação de mercado em toda a região e ampliação de exportações para países fora da América do Sul, na África e no Oriente Médio. A expansão deverá garantir um novo ciclo de investimentos em produtos e modernização da operação brasileira, que deve ser anunciado até o fim deste ano, afirma Guy Rodriguez, novo presidente da Nissan Latam, que assumiu o cargo em abril e esteve no escritório brasileiro da empresa esta semana.
“Terminamos este ano o ciclo de R$ 2,6 bilhões investidos no Brasil e estudamos o novo programa, que deve contemplar novos produtos e mais capacidade. O importante é que temos reportado resultados consistentes em toda a região da América Latina e assim podemos continuar investindo e crescendo”, afirmou Guy Rodriguez.
O crescimento das vendas projetado de 12% na América Latina em 2019 está baseado na continuidade da expansão da participação de mercado da marca na região, que nos últimos cinco anos, desde a criação da divisão regional, aumentou de 3% para 5% (exclui o México). No Brasil a Nissan vendeu 93,5 mil veículos em 2018 e fechou o ano com market share de 3,8%. Este ano a expectativa é crescer acima da média de mercado, estimada em torno de 10%. Na Argentina, em grande medida por causa do sucesso do Kicks brasileiro por lá, a participação no país foi elevada de apenas 0,6% para 3,2%, com 21 mil unidades vendidas ano passado, o que compensou parcialmente a abrupta queda do mercado vizinho. Também vai bem o desempenho no Peru, Chile e Colômbia.
Novos produtos
Entre os novos produtos esperados para o Brasil, Rodriguez confirma que a Nissan trará seu projeto de eletrificação ao País, primeiro com o já à venda Leaf (os primeiros modelos encomendados chegam em julho). Até o próximo ano deve ser introduzida aqui a plataforma e-Power, que agrega tração elétrica com um motor a combustão que funciona como gerador para alimentar as baterias. A tecnologia híbrida poderá ser beneficiada por desconto de três pontos porcentuais de IPI se usar um motor flex. Especula-se que a linha Kicks ganhará a opção e-Power.
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Também está nos planos importar novos produtos, como o SUV médio X-Trail, fabricado no Japão e já à venda em alguns mercados latino-americanos. A nova geração do sedã compacto Versa, segundo modelo mais vendido da Nissan na América Latina, poderá vir do México, o que tende a abrir mais espaço na fábrica brasileira, que atualmente produz a geração anterior do modelo, além do hatch March e do Kicks.
“Vemos o México como uma extensão do nosso complexo produtivo na região. Poderemos trazer mais produtos de lá”, afirma Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
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