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O Gartner Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, alerta que conforme os negócios digitais forem adotados pelas organizações, os líderes de Infraestrutura e Operações (I&O) precisarão desenvolver suas estratégias e habilidades para fornecer uma infraestrutura ágil para seus negócios. Pesquisas do Gartner indicam que 75% dos líderes de I&O não possuem habilidades, comportamentos ou presença cultural necessários para os próximos anos. Em pouco tempo, esses gestores terão que adotar tendências emergentes de Edge Computing, Inteligência Artificial (IA) e Computação em Nuvem, que permitirão ampliar o alcance global das marcas, resolver problemas de negócios e garantir a flexibilidade para que essas organizações entrem em novos mercados rapidamente, em qualquer lugar e a qualquer momento.
Os analistas do Gartner estão apresentando essas descobertas na Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações & Estratégia de Cloud, que está sendo realizada até quinta-feira, em São Paulo.
Os departamentos de TI não mais apenas mantêm as luzes acesas, mas também são distribuidores estratégicos de serviços, sejam eles internos ou externos à organização. Eles devem posicionar cargas de trabalho específicas com base nos impactos comerciais, regulatórios e geopolíticos. À medida que os clientes e fornecedores das organizações crescem em todo o mundo, os líderes de I&O devem cumprir a ideia de que "a infraestrutura está em toda parte" e considerar os quatro fatores a seguir:
A agilidade prospera na diversidade - Bob Gill, Vice-Presidente do Gartner, avalia que os dias do departamento de TI controlando todos os processos tecnológicos acabaram. À medida que as opções em tecnologias, parceiros e soluções aumentam, os líderes de I&O perdem visibilidade, segurança e controle sobre suas operações. "A abordagem de fábrica cíclica e ditada na TI tradicional não pode fornecer a agilidade exigida pelos negócios de hoje", diz Gill. "A necessidade de ampliar a agilidade evoluiu mais rapidamente do que a nossa capacidade de entregar". Apesar de a agilidade estar entre as três principais prioridades para 2019, os líderes de I&O enfrentam um problema, pois uma gama diversificada de produtos está disponível para eles. “A situação ideal para os líderes de I&O seria coordenar a coleção incontrolável de opções que enfrentamos hoje – co-location, multicloud, plataforma como serviço (PaaS) - e antecipar as necessidades de negócios para o amanhã. Precisamos entrar em nossa caixa de ferramentas digitais e aplicar as melhores opções junto aos clientes, com a liderança de produtos e na excelência operacional para estabelecer restrições e administrar a diversidade de recursos a longo prazo”, explica o analista. A necessidade de agilidade aumentará e, com isso, as duas principais tarefas dos líderes de I&O serão gerenciar a expansão da diversidade no curto prazo e se tornar o gerente de produtos e serviços necessário para criar soluções ágeis e orientadas aos negócios em longo prazo. "A I&O tem a governança, segurança e experiência para liderar essa nova carga para o negócio", diz Gill.
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Aplicações que permitem as mudanças - A infraestrutura pode economizar dinheiro e ativar aplicações, mas, por si só, esses atos não gerarão valor comercial direto – as aplicações é que fazem isso. Dennis Smith, Vice-Presidente do Gartner, diz que não há melhor momento para ser um desenvolvedor de aplicativos. “O desenvolvimento de aplicativos oferece uma oportunidade de pular no trem expresso de mudança para satisfazer às necessidades dos clientes e construir soluções compostas por uma tapeçaria de componentes de software habilitados por meio de APIs”, afirma Smith. O Gartner prevê que, até 2025, 70% das organizações que não adotarem uma orientação de serviço não poderão suportar seus negócios. Por isso, os engenheiros de I&O devem se engajar com os consumidores e desenvolvedores de software, integrar pessoas, processos e tecnologia, e fornecer serviços e produtos para suportar uma infraestrutura sólida na qual os aplicativos residem.
As fronteiras estão mudando - O negócio digital desfoca as linhas entre o físico e o digital, alavancando novas interações e mais momentos de negócios em tempo real. À medida que mais coisas se tornam conectadas, o Data Center não será mais o centro dos dados. “Negócios digitais, Internet das Coisas (IoT) e experiências imersivas levarão o processamento cada vez mais ao limite”, diz Henrique Cecci, Diretor de Pesquisa do Gartner. Até 2022, mais da metade dos dados gerados pelas empresas serão criados e processados fora dos Data Centers e fora dos servidores em Nuvem. As tecnologias imersivas ajudarão a provocar uma mudança cultural e geracional. As pessoas esperam que mais de suas interações sejam imersivas e em tempo real, com menos fronteiras artificiais entre as pessoas e o mundo digital. A necessidade de baixa latência, o custo da largura de banda, privacidade e mudanças regulatórias à medida que os dados se tornam mais íntimos, e a exigência de autonomia quando a conexão à Internet cai, são fatores que expandirão o limite das infraestruturas corporativas até o limite.
As pessoas são a pedra angular - Os líderes de I&O estão lutando para entregar mais rapidamente valor aos negócios, em um ambiente complexo e em evolução, dificultando a capacidade das organizações de aprender rapidamente e compartilhar conhecimento. “O novo perfil de trabalhador de I&O vai adotar habilidades e experiências versáteis, em vez de recompensar um foco estreito em uma especialidade técnica”, afirma Katherine Lord, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “As empresas líderes estão mudando a forma de recompensar e desenvolver os funcionários para se afastarem das rígidas estruturas de carreira em silos, em direção a planos de carreira mais dinâmicos. Esses novos caminhos podem envolver experiências e rotações em vários domínios de tecnologia e unidades de negócios ao longo do tempo. Adquirir uma compreensão mais ampla do portfólio de TI e do contexto de negócios trará inteligência coletiva e diversidade de pensamento para preparar equipes para as demandas dos negócios digitais”. Em última análise, a preparação para I&O na era digital se resume a incentivar comportamentos diferentes. Criar competências, como adaptabilidade, perspicácia nos negócios, colaboração e parceria com as partes interessadas, permitirá que as equipes de I&O se preparem melhor para as próximas mudanças e interrupções do futuro.
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