Freios: Como acelerar a ciência da desaceleração

Quanto mais possante a máquina, melhores devem ser os freios para conseguir trazê-la de volta em segurança para a garagem.

Freios autolubrificantes

Amantes do automobilismo gostam de falar em potência e velocidade, mas poucos se lembram de render homenagens aos freios - quanto mais possante a máquina, melhores devem ser os freios para conseguir trazê-la de volta em segurança para a garagem.

Imagine então a importância do aparato necessário para parar um trem ou um avião - as pastilhas de freio devem gerar o atrito necessário para parar o veículo e ainda conseguirem lidar com o calor gerado sem perder eficiência.

Por sorte, a tecnologia dos freios também não pára de evoluir.

Misturando fibras de carbono a um material tradicionalmente usado na fabricação de pastilhas de freios, Farhad Ahmadijokani e colegas do Canadá e do Irã desenvolveram agora um material que permite a fabricação de freios autolubrificantes.

O mecanismo de autolubrificação não significa que os freios vão escorregar, mas que eles obtêm um equilíbrio entre o atrito necessário para parar o veículo e a perda de eficiência do freio em decorrência de seu superaquecimento.

Ciência da desaceleração

Os materiais usados para fabricar de pastilhas de freio estão normalmente disponíveis em três categorias: metálicos, cerâmicos e orgânicos. Todos têm benefícios e pontos fracos, envolvendo custo, durabilidade, ruído, tempo de resposta ou temperatura durante o uso.

"Esta nova pesquisa analisa coisas como quebra do compósito durante testes de altas temperaturas, durabilidade, fricção e desgaste," disse o professor Mohammad Arjmand, coordenador da equipe. "Nossos resultados mostram que os novos freios de polímero e fibra de carbono recém-projetados representam uma aceleração na ciência da desaceleração e podem ser um benefício real para a indústria e para os consumidores."

Os novos freios melhorados podem prevenir o desgaste e apresentam melhores propriedades de fricção do que os freios atualmente disponíveis no mercado, sem superaquecer.


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"À medida que continuamos a desenvolver nanomateriais e os misturamos com polímeros para desenvolver coquetéis compostos multifuncionais que podem lidar com questões como fricção, desgaste e distribuição de calor em nível molecular, continuaremos a ajudar a indústria a evoluir," finalizou Arjmand.