Em parceria com empresas de ônibus, prefeitura de Fortaleza vai testar transporte público sob demanda

Projeto está sendo estudado com o Sindiônibus, e ainda não há data para implantação

Fortaleza vai testar transporte público sob demanda.

A informação partiu do secretário-executivo de Conservação e Serviços Públicos de Fortaleza, Luiz Alberto Sabóia, durante o 3° Seminário Internacional de Políticas Públicas Inovadoras para Cidades, realizado nesta sexta-feira na Capital do Ceará.

Sabóia adiantou que no transporte público sob demanda o usuário poderá chamar seu ônibus por aplicativo. “O aplicativo apontará para onde você deve ir e o ônibus fará um pequeno desvio de rota para pegar você“, disse.

O projeto ainda está em estudo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), sem data para implantação do serviço.

A modalidade já foi implantada em algumas cidades brasileiras, com a novidade de que a adesão ao modelo de transporte sob demanda partiu de operadores de transporte coletivo convencionais.

Desde março de 2018, São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, já tem essa modalidade incorporada ao transporte local. A operadora de ônibus municipais SBCTrans passou a oferecer vans de luxo em determinadas rotas cujos assentos são reservados por meio de um aplicativo chamado UBus.

Em janeiro deste ano foi a vez de Goiânia lançar um serviço do tipo. O sistema, chamado CityBus 2.0, opera com um aplicativo, que calcula a tarifa de acordo com a distância percorrida.

Assim como São Bernardo, a iniciativa partiu de uma operadora de ônibus da capital de Goiás, a HP Transportes. São 14 vans disponíveis para as viagens, com ar-condicionado e capacidade para 14 passageiros.

Patinetes e bicicletas

Anteriormente anunciado para este mês, os testes com sistema de patinetes e bicicletas elétricas em Fortaleza ainda não entraram em atividade. A expectativa agora, segundo Luiz Alberto Sabóia, é que sejam inauguradas “em breve”, o que significa ainda neste semestre.


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O sistema de bikes e patinetes elétricas funciona atualmente em algumas cidades brasileiras, mas o debate sobre a regulamentação dessas modalidades ainda está no início.

Em São Paulo, o uso descontrolado dos equipamentos, principalmente as patinetes elétricas, tem provocado críticas.

No final de janeiro, dois acidentes alertaram para os riscos desse equipamento: em um, a condutora caiu e se machucou; no outro acidente, um pedestre foi abalroado em uma ciclovia.

Para criar um sistema com normas e critérios para este tipo de deslocamento, a prefeitura de São Paulo abriu um chamamento público para apresentação de empresas interessadas em oferecer serviços de compartilhamento de patinetes elétricos. O chamamento público foi publicado no Diário Oficial da capital no dia 2 de fevereiro de 2019.

Em Santos, cidade do litoral paulista, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos) já trabalha na regulamentação de legislação, em caráter suplementar, seguindo as diretrizes da resolução federal.

A Resolução 315 do Contran (alterada pela Resolução 465) regulamenta a circulação de equipamentos de mobilidade individual autopropelidos (impulsionados pelo próprio usuário) e estabelece regras gerais de uso.

São basicamente duas e especificam por onde se pode transitar com esse tipo de veículo: velocidade até 6 km/h, em áreas de circulação de pedestre; velocidade de até 20 km/h, em ciclovias e ciclofaixas.