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Mineração na Lua
Crateras surgem na Lua - como em qualquer outro corpo celeste - por causa do bombardeio de corpos celestes menores que caem lá, principalmente asteroides.
Vladislav Shevchenko (Universidade Estadual de Moscou) e Aleksey Andreev (Universidade Federal de Kazan) demonstraram agora que as crateras da Lua, mesmo as antigas, podem conter tanto os compostos do próprio solo onde se formou a cratera, como os elementos químicos do corpo que a formou.
"Se uma cratera de 500 metros foi criada por um asteroide metálico e ainda contém 20% da matéria do asteroide, esses restos podem conter 20 toneladas de ferro puro, 3,6 toneladas de níquel, 180 kg de cobalto e 1 kg de platina," exemplificou Andreev.
No entanto, não há correlação direta entre a composição de um asteroide e o acúmulo de seu material porque é necessário também levar em conta o ângulo e a velocidade da colisão do objeto com a Lua. E isso é bom, porque 25% desses objetos são "lentos", com uma velocidade de colisão inferior a 12 quilômetros por segundo. Sob essas condições, a cratera pode preservar até 50% da matéria do asteroide.
"Em 1994, foi feito um levantamento em um asteroide chamado 1986 DA, de 2 quilômetros de diâmetro. Observações espectrais mostraram que o corpo contém reservas consideráveis de ferro, níquel, cobalto e platina, totalizando cerca de 30 bilhões de toneladas. Em 2012, isso valeria US$ 87 trilhões," citou Andreev.
Mineração espacial
Não é à toa que os asteroides estão virando alvo para a prospecção e, futuramente, para a mineração espacial.
A NASA planeja capturar e redirecionar um pequeno asteroide para a órbita lunar, onde ele poderá ser minerado, com os metais sendo trazidos para a Terra ou levados para a Lua, onde poderiam ser usados para construir estações espaciais ou componentes de espaçonaves.
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Contudo, como já temos uma larga experiência de mineração no solo, pode ser mais fácil fazer a mineração espacial na Lua do que em asteroides, acreditam os dois pesquisadores.
"De acordo com uma previsão da Goldman Sachs, haveria [na Terra] 20 anos de reservas de ouro, zinco e diamantes e 40 anos de reservas de platina, cobre e níquel em 2015. Todos esses elementos são indiscutivelmente importantes para o desenvolvimento tecnológico. É por isso que existe a necessidade de fontes alternativas," defendeu Nefedyev.
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