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Uma das cidades que mais despertaram para o desenvolvimento do empreendedorismo nos últimos anos em Santa Catarina foi Joinville, que vem articulando ações entre poder público e setor privado para “repensar” o futuro do maior município catarinense a partir de inovação e tecnologia. Apesar da mobilização recente, que o SC Inova registrou em diversas reportagens, o número de startups criadas ano a ano ainda é considerado muito baixo, avalia o diretor executivo da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Sepud), Fabiano Dell’ Agnolo: “nos últimos anos a cidade tem gerado em média de 20 a 25 novas startups. Pelo tamanho da cidade e pelo potencial, isso é muito pouco”.
A questão, ressalta, vai além dos números. Em mapeamento feito pela Secretaria, os principais eventos de empreendedorismo na cidade são baseados em palestras, “e isso não estimula a criação de novos negócios”, diz Fabiano. Ele avalia que há uma lacuna entre iniciativas mais ‘mão na massa’, como o Startup Weekend – que tem como objetivo disseminar a cultura empreendedora, mas não necessariamente gerar empresas – e o StartupSC, voltado para desenvolver projetos mais maduros que já estão no mercado.
A solução veio com o nome de Projeto JEDI, acrônimo para “Jornada de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação”, previsto para ter quatro edições ao longo de 2019 e que acontecerá durante 16 dias. Na largada, o programa prevê um final de semana – nos dias 23 e 24 de fevereiro – com workshops (sobre Customer Development, prototipação e estudo de mercado), formação de times e início de desenvolvimento. Ao longo das duas semanas seguintes, as equipes vão a campo para desenvolver o projeto e buscar mercado e retornam para uma rodada ao longo de um fim de semana (09 e 10 de março) para definir o processo de abertura da empresa e o modelo societário. O programa é uma iniciativa do Join.valle em conjunto com o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia (Comciti) e a Sepud.
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MISTO DE STARTUP WEEKEND & HACKATHON
Num formato semelhante ao do Startup Weekend, os projetos são apresentados a uma banca de jurados e os projetos selecionados contarão com um “mestre” (padrinho) e recebem os benefícios/apoio financeiro do patrocinador de cada edição. Nesta primeira, os sponsors são o Hospital Dona Helena, de Joinville, que vai apoiar os projetos selecionados com uma verba de até R$ 100 mil, a Univille e o Ágora Tech Park. O tema principal será desenvolvimento de negócios inovadores na área de saúde (life science), com ênfase no atendimento a emergências e health techs.
Outros benefícios são períodos de incubação e coworking gratuito, mentorias e acesso a rede de contatos com universidades, empresas e investidores. Entre os parceiros do programa, que também fornecerão mentores, estão grandes empresas como Microsoft, hospital Albert Einstein (via incubadora Eretz.bio) e players locais como UFSC, Fiesc, aceleradora Darwin Starter, Softville, Inovaparq e a Associação Brasileira de Internet Industrial, sediada em Joinville.
“É um misto entre um hackathon com Startup Weekend, mas com mais profundidade e tempo para desenvolvimento, com pegada na geração de negócio, não apenas no desenvolvimento de tecnologia, como acontece nos hackathons”, resume Fabiano.
Os interessados podem preencher um questionário disponível no link http://www.jedi.joinvalle.com.br. Os pré-selecionados pela comissão organizadora passam então para a fase de inscrições – com valor de R$ 95,00 para todo o programa. Para a primeira edição, que acontecerá no Instituto Senai de Inovação de Joinville, devem ser selecionados 64 participantes. As próximas edições do JEDI – que devem selecionar entre 100 e 120 participantes – estão previstas para os meses de junho, agosto e outubro/novembro de 2019.
“Como diferencial, queremos neste programa dar mais atenção a problemas reais de mercado e profundidade no desenvolvimento, com acesso a mentores qualificados (de Florianópolis e São Paulo também) e parceiros que desenvolvem tecnologias avançadas, além da ênfase na constituição forma da empresa, da modelagem societária à parte financeira”, explica.
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