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As empresas de distribuição de aço preveem resultados positivos em 2019 com a continuidade da demanda do agronegócio e da indústria automotiva, além da expectativa de retomada da construção civil. O segmento também espera menor pressão cambial em relação ao ano passado.
“Nosso otimismo não se baseia só na necessidade do Brasil crescer e na renovação do governo. Em 2018, nós já tivemos um crescimento importante e neste ano deverá ser ainda maior”, afirma o gerente nacional de projetos da Açovisa, Araújo Picone.
A companhia tem perspectiva de 30% de avanço nas vendas em 2019, puxado pelo aumento do consumo de empresas de autopeças e do setor de implementos agrícolas. “São segmentos que continuarão fazendo diferença no crescimento industrial”, assinala o executivo.
Com sede em Guarulhos (SP), a Açovisa tem como meta em 2019 elevar o faturamento em 35% e prevê investimentos de R$ 5 milhões a R$ 8 milhões. “Esperamos aumentar a folha de funcionários em 10% e ocupar mais nossa capacidade ociosa. Com a expansão da demanda, precisamos investir na distribuição e na logística.”
Está no planejamento da empresa trocar 60% da frota de veículos e renovar o maquinário. “Vamos contar com máquinas de corte mais sofisticadas e investir em um software para automatizar o sistema e nos tornar mais competitivos”, conta o executivo. Em 2018, a Açovisa teve aumento de 25% nas vendas e de 32% no faturamento. “Isso cria uma base que nos permite um crescimento ainda maior esse ano”, assinala.
O gerente executivo do grupo Açotubo, Bruno Bassi, conta que a empresa tem perspectiva positiva em função da reação de alguns setores da indústria. “Esperamos um acréscimo de 18% do faturamento e de 10% da folha de pagamento”, diz. Ele cita também os setores automotivo e agrícola como principais demandantes. “Sentimos uma retomada na construção civil. Fornecemos aço inoxidável para fabricantes de elevadores, um segmento que andou de lado em 2018, mas começou a mostrar alguma melhora nos últimos meses”, conta Bassi.
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O executivo conta que o Grupo Açotubo deve investir cerca de R$ 18 milhões nesse ano. “Será direcionado para maquinário, infraestrutura e outras melhorias no nosso parque. Também estamos dando atenção ao planejamento estratégico e treinamento de pessoal.” Ele destaca que a empresa está estudando internacionalizar suas atividades. “Temos um projeto de implantar unidades no Peru e na Colômbia. Distribuição é um ramo difícil de exportar, faz mais sentido ter uma base fora do país”, esclarece.
Estabilidade cambial
Picone acredita que, em 2019, o setor será menos impactado pela instabilidade da moeda do que no ano passado. “O patamar do dólar não deve variar tanto ao longo do ano”, acredita o executivo.
O presidente executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro, declarou em coletiva de imprensa em dezembro que o segmento deve ser mais estável ao longo do ano. “Não vemos nenhuma grande variação em relação a dólar e preços.” A entidade estima crescimento de 10% nas vendas do setor em 2019.
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