Fonte: Assessoria de Imprensa da Yaskawa - 23/08/07
Tudo começou com uma palavra - mecatrônica - criada pela empresa japonesa Yaskawa no final da década de sessenta para nomear um conceito inovador e revolucionário para a época, que sintetizava a comunhão entre a mecânica, a eletrônica e sistema de controle, e que mudaria para sempre o cenário industrial. Hoje, em plena era marcada por adventos tecnológicos, é difícil imaginar o mundo sem essa integração sinergética. Mas há 38 anos, a idéia causou grande impacto e possibilitou à sua criadora, nos anos subseqüentes, deixar de ser uma pequena empresa fabricante de motores elétricos, fundada por Keiichiro Yasukawa em 1915, no Japão, para se transformar num grande conglomerado que hoje abarca subsidiárias em 40 países, com unidades fabris no Japão, China, Estados Unidos e Escócia, que no conjunto faturam US$ 3 bilhões ao ano.
Sinônimo de automação industrial, a mecatrônica começou a ser delineada em 1953 quando a Yaskawa, que até então fabricava e abastecia o mercado de mineração de carvão com equipamentos elétricos (principalmente motores), mudou de foco e passou a desenvolver produtos usados na fabricação de aço, para inicialmente atender as necessidades de uma usina siderúrgica das imediações. Ao tentar fazer um motor elétrico com pouca inércia, a empresa começou a refletir se algo antes feito de forma hidráulica também poderia ser feito de forma elétrica.
O resultado foi a criação de uma linha de servomotores batizada de Minertia – derivada das palavras Minimum inertia – e que se caracterizava pela velocidade de partida e parada, justamente em decorrência da inércia extremamente baixa. O emprego desses servomotores contribuiu para o desenvolvimento de atuadores elétricos capazes de controlar livremente braços e dedos mecânicos, e por isso mesmo chamados de Mochicontrol (motor, machine e control). Essas foram as bases para que, no final de 1969, a Yaskawa passasse a conceber um modo totalmente diferente de olhar para o controle de máquina. Foi nesse momento que nasceu a mecatrônica - conceito definido pela união orgânica da mecânica e da eletrônica – que estavam em constante desenvolvimento na época.
A Yaskawa fez o pedido de registro da marca “Mechatronics” em 26 de agosto de 1970, e este foi concedido em 22 de janeiro de 1973. Na época, por ser uma tecnologia muito avançada, a empresa optou por não fazer uma ampla divulgação. E quando chegou o momento de renovar o registro, o termo já havia se tornado tão conhecido na indústria que a Yaskawa decidiu ceder seus direitos exclusivos sobre a marca. A partir de 1987, com o lançamento da revista Mechatronics, publicada pela Gicho (The Technical Investigations Society) a palavra mecatrônica passou a ser amplamente usada nos meios de comunicação e também para descrever o currículo educacional das faculdades de engenharia, tipos de produtos, nomes de empresas, e para soluções de automação.
José Rubinato, diretor geral da Yaskawa Elétrico do Brasil, destaca que atualmente a mecatrônica não perdeu sua característica inovadora e continua sendo uma das mais novas áreas da engenharia em todo o mundo. “Ela funciona como uma espécie de futuro das engenharias, já que utiliza as tecnologias de mecânica, eletrônica e a tecnologia da informação para fornecer produtos, sistemas e processos melhorados”, justifica o executivo. Faculdades renomadas em exatas, como a Escola Politécnica da USP, a Unicamp e UNB oferecem a disciplina engenharia mecatrônica, em que são estudadas as matérias comuns a qualquer engenharia, tais como: cálculo, física, mecânica e elétrica básica. Na parte específica, no entanto, são introduzidas disciplinas que incluem circuitos lógicos, controle de sistemas mecânicos, automação industrial e sistemas de computação.
Centrada na união dos conceitos indispensáveis da engenharia, a mecatrônica possibilita a geração de sistemas mais econômicos, simples e confiáveis. Há 38 anos, o termo saía da Yaskawa, no Japão, para em pouco tempo conquistar o mundo.
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