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A Continental está se preparando para produzir no Brasil, em sua fábrica de Guarulhos (SP), painéis de instrumentos digitais. O dispositivo vem sendo cada vez mais procurado por fabricantes de veículos de diversas marcas que querem adotar o cluster digital com tela LCD em seus novos carros, mas o problema é o preço, bem mais alto do que o quadro analógico. Por isso a equipe de engenheiros da Continental no País trabalha em uma redução de funções para baixar o custo.
Segundo José Campassi Jr., gerente de novos negócios da unidade de infoentretenimento, instrumentação e conectividade da Continental no Brasil, já existem negociações com duas fabricantes de veículos que pretendem introduzir painéis digitais em modelos que devem ser lançados entre o fim de 2019 e 2020. A sistemista já produz na Europa esses dispositivos que começaram há poucos anos a ser adotados primeiro em carros de alto luxo.
Desde o ano passado a Volkswagen introduziu o quadro de instrumentos 100% digital importado da Continental nos novos Polo e Virtus feitos no Brasil, já anunciou que o T-Cross também terá essa opção. Mas até o momento o dispositivo chamado pela montadora de Active Info Display, com algumas dezenas de configurações, só está disponível nas versões topo de linha Highline dos dois modelos, mesmo assim como opcional dentro de um pacote de equipamentos que custa cerca de R$ 4 mil. Isso faz o preço do Polo saltar a R$ 77.325 e o do Virtus a R$ 84.075. Com esses preços, o instrumento serve mais para fazer propaganda tecnológica da marca, pois estima-se que menos de 10% das vendas de ambos sejam de versões equipadas com o Active Info Display.
“O painel digital que fornecemos para a Volkswagen custa caro porque tem muitas funções agregadas, dezenas de configurações que exigem o uso de muitos processadores de dados. Para viabilizar a produção do cluster digital no Brasil temos de baixar os custos e isso será feito com a redução de funções, mas o consumidor final nem vai perceber, não vai tirar percepção de valor”, afirma Campassi Jr.
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Segundo o executivo, muitas das funções disponível em um quadro digital completo nem são usadas pelo motorista, como por exemplo o espelhamento do mapa de navegação na tela do Active Info Display, no espaço entre conta-giros e velocímetro. “Muitas pessoas usam o celular para navegar e espelham no painel central do sistema multimídia, por isso nem faria falta, mas é um elemento que pode baixar o custo”, explica.
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