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LED líquido
Embora os pontos quânticos embutidos em um filme fino sejam usados atualmente em televisores de LED, a técnica usada para sua fabricação não é adequada para uso generalizado em aplicações de iluminação.
Sadra Sadeghi e seus colegas da Universidade de Koç, na Turquia, abriram caminho para superar esse inconveniente.
Eles desenvolveram uma técnica em meio líquido que permite transferir as partículas semicondutoras nanoscópicas - os pontos quânticos - para o interior de lentes flexíveis transparentes.
Para fabricar os novos QLEDs, Sadeghi preencheu o espaço entre uma lente de polímero e um chip de LED com uma solução de pontos quânticos que foram sintetizados pela mistura de cádmio, selênio, zinco e enxofre em altas temperaturas. A lente foi feita com um tipo de silicone porque sua elasticidade permite injetar as soluções sem vazamento, e a transparência do material permite a transmissão da luz.
Metade da conta de iluminação
Os LEDs brancos de base líquida alcançam uma eficiência duas vezes maior do que os LEDs similares que incorporam os pontos quânticos sobre películas sólidas, e podem ser projetados para emitir luz branca quente, o tipo mais agradável ao ser humano.
O protótipo emite luz branca com uma eficiência luminosa recorde de 105 lumens por watt - a eficiência luminosa é uma medida de quão bem uma fonte de luz usa a eletricidade para gerar luz. Mas a equipe já possui um embasamento teórico que, afirmam, garante que chegarão a um protótipo com 200 lumens por watt.
"Substituir as fontes de iluminação convencionais por LEDs com uma eficiência de 200 lumens por watt diminuiria o consumo global de eletricidade usada para iluminação em mais da metade. Essa redução é igual à eletricidade criada por 230 usinas de carvão típicas de 500 megawatts, e reduziria as emissões de gases de efeito estufa em 200 milhões de toneladas," disse o professor Sedat Nizamoglu, coordenador da equipe.
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