Indústria de materiais tem avaliações divididas sobre o mês de junho, indica "Termômetro" da ABRAMAT

A ABRAMAT (Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais de Construção) divulga nesta terça-feira nova edição de seu estudo do Termômetro. A pesquisa, feita entre associados para determinar o grau de otimismo e pretensões de investimento futuras, aponta para uma expectativa dividida para o desempenho em junho e regular para o sétimo mês do ano. Sendo conduzida no mês que seguiu a greve dos caminhoneiros, a pesquisa aponta para um mês de maio considerado ruim ou muito ruim para 70% das associadas, indicando influência do ocorrido nas vendas ao mercado interno. Outro ponto de destaque é que pela primeira vez desde seu lançamento, a parcela de entrevistados otimista com ações governamentais chegou a 0%.

Vendas ao mercado interno:

Nas vendas ao mercado interno, filão que representa a maior parte do faturamento das associadas, a avaliação sobre junho está dividida. 35% das empresas consideraram o mês "bom" para as vendas no mercado interno, enquanto associadas que o consideraram "ruim" ou "muito ruim", somadas, chegam aos mesmos 35%. Conduzida no mês que sucedeu a greve dos caminhoneiros, é importante ressaltar que para as empresas associadas da ABRAMAT o mês de maio (no qual ocorreu a greve) foi percebido como "ruim" ou "muito ruim" para 70% delas. O resultado, que chama a atenção pela discrepância com o que foi observado no último termômetro, demonstra como foi sentido pelo empresariado da indústria de materiais de construção o efeito da greve, que deve influenciar ainda os próximos meses. No mês passado, o termômetro da ABRAMAT apontou expectativa por um maio "ruim" ou "muito ruim" para apenas 13% das associadas.

Expectativa das ações governamentais e pretensão de investimentos:


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A pesquisa aponta, quando o assunto é a expectativa sobre ações governamentais, que não houve otimismo dentre as empresas associadas. 50% demonstraram indiferença quando perguntados sobre as expectativas sobre as ações governamentais, enquanto 50% responderam com sentimento de pessimismo à mesma questão.

O cenário eleitoral, que tem levado – dentre outros fatores – a uma quase estagnação das obras de infraestrutura, somada aos recentes resultados positivos das vendas de material de construção no varejo, fazem com que o olhar do empresariado esteja mais atento às vendas de reposição de estoque das lojas de materiais de construção do que necessariamente às grandes vendas ao governo, incorporadoras e construtoras.

A ausência de perspectivas positivas vindas da esfera pública, somada à recente ligeira melhora no desempenho do setor, fizeram com que crescesse o sentimento de necessidade no investimento. Em junho de 2018, 60% das empresas que compõem a ABRAMAT indicaram ter pretensão de investir nos próximos 12 meses, sendo que desta parcela, mais da metade (55%) visa a modernização dos meios de produção.


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