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A necessidade de desenvolver o cenário da construção civil, que ainda se depara com processos conservadores e artesanais, fez com que 32 empresas se unissem para compartilhar ideias e promover uma transformação digital no setor. Criado pelo engenheiro e consultor Roberto de Souza, o EnRedes utiliza cases, eventos, estações de trabalho e aplicativos como ferramentas de questionamento: o que pode ser feito para modernizar o mercado da construção?
Entre as instituições envolvidas estão as maiores da área, como BASF, Cyrela, Deca, Eztec, Gafisa, MRV, Saint-Gobain, Schneider e Thyssen Krupp. "O EnRedes é um núcleo de inovação e relacionamento do mercado, por isso convidou empresas envolvidas nos principais processos da construção civil para focar nesta transformação digital do setor. As indústrias, os projetistas, as construtoras e incorporadoras, e as fornecedoras de tecnologia. São organizações que, muitas vezes, não dialogavam entre si. E entender o processo do outro é essencial para pensar no todo", explica Roberto.
As atividades foram iniciadas em fevereiro com as estações de trabalho, encontros temáticos em que dois especialistas convidados, além das próprias empresas que compõem o núcleo, apresentam novas tecnologias e aplicações de inovações digitais. "Não queríamos um formato de palestra, onde a pessoa ouve e vai embora. Criamos uma rede de conhecimento e troca, eventos onde hajam discussões e dinâmicas. Para que os representantes das organizações olhem as tecnologias e perguntem o que podem fazer com elas, o que é emergencial na área em que atuam. O objetivo do EnRedes é desenvolver um ecossistema de negócios".
Com um evento presencial por mês, essa rede digital do EnRedes já apresentou os conceitos de Internet das Coisas, Marketing Digital e Big Data. Após as apresentações e debates, as empresas se unem para desenvolvimento de novos projetos. "Algumas entidades já estão fechando parceiras. A Gafisa e a Schneider, por exemplo, começaram a pensar juntas sobre a aplicação da IoT dentro dos canteiros de obras", detalha o engenheiro.
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Pesquisa é mecanismo de entendimento do mercado
Além da integração entre organizações, o EnRedes também vem desenvolvendo pesquisas, com o objetivo de entender como está o avanço tecnológico no mercado. Serão três estudos científicos, a serem divulgados a partir de junho: Mapeamento das startups brasileiras e estrangeiras que desenvolvem tecnologias a serviço da construção; Levantamento sobre o estado digital da construção e Mapeamento de ações governamentais em prol da modernização do setor.
Presidente do CTE – Centro de Tecnologia de Edificação, consultoria que atua há 27 anos propondo soluções na área, Roberto de Souza explica que este movimento é consequência das evoluções mercadológicas. "Cada período necessitou de questionamentos. Nos anos 1990, o debate dentro da construção civil girava em torno da qualidade, as certificações. Já no começo dos anos 2000, veio a questão da sustentabilidade. Agora, é hora de pensarmos na transformação digital", conclui.
Mais informações no site oficial: www.enredes.com.br
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