Lucro líquido da Petrobras foi de R$6,8 bilhões no 2º trimestre

Fonte: Assessoria de Imprensa da Petrobras - 15/08/07
      
   

Os excelentes resultados no 1º semestre foram alcançados graças ao incremento da produção de petróleo e derivados, proporcionado pela diminuição no tempo das paradas programadas nas refinarias no país, pela escalada de produção das plataformas P-50 (Albacora Leste) e FPSO Capixaba (Golfinho), que entraram em produção em abril e maio de 2006, respectivamente, e pelo início de produção das plataformas P-34 (Jubarte), em dezembro de 2006, e FPSO Cidade do Rio de Janeiro (Espadarte), em janeiro de 2007. Como contraponto, o resultado foi impactado pela queda nos preços de petróleo e pelo incremento de custos, devido ao aquecimento da indústria petrolífera.

As vendas de derivados e álcool no país aumentaram 3% em função do desempenho econômico. Entretanto, o lucro operacional no semestre foi fortemente impactado pelos preços de realização verificados no primeiro trimestre (3% inferiores aos do segundo trimestre) e apresentou queda de 14%. Esta queda refletiu, também, o aumento do custo dos produtos vendidos, influenciado pelo aumento nos gastos com fretes, materiais, serviços e paradas programadas, e pelo incremento das despesas operacionais. Houve, ainda, desembolso relativo à repactuação do Plano de Pensão Petros (R$ 1.050 milhões) no primeiro trimestre e aumento dos custos exploratórios (R$ 358 milhões), principalmente no exterior.

Adicionalmente, houve no semestre um aumento nas despesas financeiras líquidas devido à maior exposição cambial credora em moeda estrangeira, conjugada com uma maior apreciação do Real no 1º semestre de 2007, compensado em parte pelo melhor resultado em participações relevantes e pelo efeito do benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio pagos no semestre.


 
Produção apresentou expansão em 12 meses


A produção de petróleo nacional e LGN aumentou 2% em relação ao 1º semestre de 2006 devido à entrada em produção das plataformas P-50 (Albacora Leste), em abril de 2006, FPSO-Capixaba (Golfinho), em maio de 2006, P-34 (Jubarte), em dezembro de 2006, e FPSO-Cidade do Rio de Janeiro (Espadarte), em janeiro de 2007, que conjuntamente adicionaram cerca de 200 mil barris/dia à produção nacional, compensando o declínio natural da produção proveniente de campos maduros.

Já a produção internacional de óleo sofreu queda de 19% devido à perda de participação nas operações da Venezuela, parcialmente compensada pelo aumento de 11% na produção de gás pelo retorno à normalidade da produção nos EUA, prejudicada em 2006 pelos furacões Rita e Katrina, pela entrada em produção do campo de Cottonwood, no Golfo do México, em fevereiro de 2007 e pela maior demanda do Gás Boliviano pela Argentina e maior fornecimento ao mercado interno boliviano.

Produção total de derivados aumentou 7%


Este incremento foi influenciado pela elevação significativa da carga processada no exterior, que cresceu 144% devido à operação da Refinaria de Pasadena, nos EUA. A carga processada no país apresentou queda de 1% devido a paradas programadas para manutenção nas refinarias RPBC, Reduc, Repar e Refap, no primeiro semestre do ano. Ocorreu também uma queda de 2% na participação no petróleo nacional na carga processada, uma vez que foi mais vantajoso utilizar maior volume de petróleo leve importado, reduzindo a produção de óleo combustível, de menor valor agregado e preço não atrativo no mercado internacional.

Volume de vendas no mercado interno superior em 3%


O Volume de vendas no mercado interno foi superior em 3% ao apurado no mesmo período do ano passado, com destaque para o diesel, GLP, QAV e óleo combustível. O aumento das vendas de diesel reflete o melhor desempenho da atividade agrícola com maior safra de grãos no período. As vendas de GLP foram impulsionadas pela maior demanda da indústria de transformação, além da elevação da renda e do crescimento populacional. O crescimento do PIB e a expansão do turismo, alavancada pela apreciação do Real frente ao Dólar, contribuíram para maiores vendas de QAV (Querosene de Aviação).

No mercado externo, as exportações cresceram, em volume, 12%. Este aumento foi relacionado com o incremento da produção e redução da participação do petróleo nacional na carga total processada. O volume de vendas internacionais cresceu 46% devido à inclusão das operações de refino, ao incremento da produção de petróleo nos EUA e às operações comerciais no exterior. Os efeitos positivos foram parcialmente compensados pela perda de participação nas operações da Venezuela e venda da refinaria na Bolívia.

Crescimento de 18% na exportação líquida de petróleo e derivados


O saldo comercial favorável foi decorrente do superávit volumétrico das exportações frente às importações, motivado pela maior produção de petróleo conjugada à menor utilização do petróleo nacional na carga processada nas refinarias. Como resultado, foi obtido um superávit financeiro de US$ 286 milhões.

Aumento dos Investimentos na ampliação da oferta de gás para suprir a demanda crescente deste insumo e nas atividades exploratórias no exterior 

Os investimentos consolidados, incluindo projetos estruturados e sociedades de propósito específico, atingiram o montante de R$ 19,8 bilhões no 1º semestre, 45% superior ao 1º semestre de 2006. Estes investimentos tiveram destaque em duas pontas. Na primeira, o objetivo foi aumentar a oferta de gás para assegurar a capacidade de energia necessária ao crescimento econômico projetado para o Brasil nos anos futuros. Nesta ponta, destacaram-se os investimentos na exploração e produção de petróleo e gás natural no País (R$ 9,1 bilhões) e no setor de gás e energia (R$ 730 milhões). Na outra ponta, procurou-se fortalecer a posição da Petrobras no mercado internacional (investimentos no exterior cresceram 85%, atingindo R$ 3,5 bilhões) em virtude, principalmente, de investimentos exploratórios com sísmica (EUA, Turquia, Angola e Líbia) e na construção de dois navios-sonda.

Estes investimentos seguiram o previsto no Plano de Negócios 2007-2011 e tiveram sua fonte de recursos assegurada pela geração de caixa operacional medida pelo EBITDA, que atingiu R$ 25,2 bilhões no semestre.

Redução no custo de extração de petróleo no país considerando as participações governamentais

O custo de extração de petróleo no país com participações governamentais, em Reais, apresentou uma redução de 8% em função do decréscimo do preço médio de referência do petróleo nacional para o cálculo das participações, vinculado às cotações internacionais, associado à redução de alíquota nos campos com declínio natural de produção.

Descontando os efeitos da apreciação do Real, associado ao percentual de moeda estrangeira sobre os gastos nesta atividade, o custo de extração de petróleo, sem as participações governamentais, aumentou 12% no 1º semestre de 2007, devido à elevação de custos de serviços e de materiais em função do aquecimento da indústria, e também à elevação nos gastos com pessoal, devido ao reajuste salarial e aumento da força de trabalho para operação dos novos projetos. Estes projetos tenderão a ter seus custos reduzidos com o gradativo aumento da produção.

Elevação dos custos do refino refletiu os investimentos internos e externos 

Descontados os efeitos da apreciação do Real, o custo de refino no país aumentou 22% em relação ao 1º semestre de 2006 devido aos maiores gastos operacionais em materiais e serviços, reflexo dos investimentos para adaptar as refinarias às novas demandas de qualidade dos produtos, assim como aumento de número e escopo das paradas programadas.

O custo médio unitário do refino internacional aumentou, em dólares, 85% em relação ao 1º semestre de 2006. Este aumento esteve atrelado à inclusão da Refinaria de Pasadena, a gastos com reparos e manutenção desta, e à elevação de despesas de pessoal na Argentina no 2º trimestre de 2007.

Endividamento total apresentou redução

O endividamento total da Empresa apresentou redução de 10% em função de amortização de dívida não renovada. Entretanto houve uma redução nas disponibilidades, reflexo do pagamento de dividendos de R$ 7.472 milhões realizados no semestre e desembolsos relativos a investimentos. O efeito final foi uma diminuição em 8% no endividamento líquido.

O nível de endividamento, medido através do índice da Dívida Líquida / EBITDA sofreu redução de 0,54 em março de 2007 para 0,44 em  junho de 2007. A alavancagem financeira da companhia caiu no trimestre de 19% para 17%, refletindo a queda no endividamento líquido.



Comportamento das ações acompanhou a tendência do setor


Em função da recuperação dos preços internacionais do petróleo, as ações da Petrobras apresentaram alta no 1º semestre de 2007. O seu valor de mercado atingiu a marca de R$ 244,7 bilhões, valor 21% superior do encerramento do 1º semestre de 2006.



Contribuição econômica superou R$ 25 bilhões no semestre


A contribuição econômica da Petrobras ao País, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 25.376 milhões.

As participações governamentais no País sofreram redução de 17% em relação ao 1º semestre de 2006, refletindo o decréscimo de 12% no preço de referência para o petróleo nacional, que, acompanhando a cotação do petróleo no mercado internacional, alcançou o preço médio de    US$ 50,76 por barril, contra US$ 53,76 por barril no 1º semestre de 2006 associado à redução de participações especiais por conta do declínio natural de produção em campos maduros.



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