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Pesquisar, desenvolver e criar novas maneiras de entregar os produtos e serviços aprimora a experiência dos clientes e contribui para o diferencial competitivo das empresas. Por isso, a inovação passou a ser considerada uma aliada do pequeno empresário. E os gestores sabem disso. Não à toa, pesquisa realizada pela Desenvolve SP, instituição do governo paulista que financia o crescimento das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), apontou que mais da metade dos entrevistados (55%), pretendem investir em algum tipo de inovação entre 2018 e 2020.
São variadas, contudo, as justificativas sobre porque investir em inovação. Ainda segundo o levantamento, para 40% dos que desejam realizar esses investimentos, a motivação principal apontada é poder “ganhar novos mercados”. Para outros 24%, “aumentar a competitividade” do negócio é o principal objetivo. Isoladamente, o “aumento do faturamento” e o “aumento da rentabilidade” são os interesses que aparecem na sequência, com 19% e 16%, respectivamente.
Independente do motivo que leva o gestor a investir em inovação, o fator primordial é ter esta percepção do quanto promover mudanças é essencial, bem como conciliar investimentos e inovações de maneira correta. Para que isso aconteça, pesquisar e analisar o mercado em que atua é fundamental. Apenas desta forma, é possível trazer novas oportunidades de crescimento a longo prazo, e, principalmente de forma sustentável. É isso, por exemplo, o que está fazendo a VitalForce, empresa especializada em produtos em nutrição via foliar e solo (fertilizantes especiais).
A empresa, criada em 2007, surgiu fazendo produtos que eram comercializados para seus concorrentes. “Nós fabricávamos estas especialidades para outras indústrias, com as marcas delas”, conta Cassiano Ferreira, um dos quatro sócios e diretor administrativo e financeiro da empresa. O desafio de se aprimorar em um nicho tão específico de mercado foi transformado pela empresa em oportunidade de negócio e, em 2010, a VitalForce passou a comercializar seus produtos com sua própria marca.
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Em meados do ano passado, em mais um salto inovador, os gestores iniciaram investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias aplicadas para a agricultura, criando, com isso, uma nova linha: os biodefensivos. “são produtos inovadores, em prol do meio ambiente. Eles não têm resíduos, não são contaminantes, e geralmente são provenientes de fungos e bactérias que não comprometem o desenvolvimento do solo”, explica o diretor financeiro da empresa.
O projeto desenvolvido pela VitalForce ampliou o processo de P&D de um fungo com enfoque em melhoramento do sistema radicular da planta, indução de resistência e proteção contra fungos maléficos. Com o projeto, a empresa passou a oferecer não apenas fertilizantes minerais, mas também outras soluções para o controle biológico de pragas e fungos, ampliando o seu portfólio de produtos voltadas para o campo.
Para o presidente da Desenvolve SP, Milton Luiz de Melo Santos, a inovação funciona como motor propulsor do desenvolvimento sustentável das pequenas e médias empresas. E, para tal, deve ir além da redução dos custos e da maximização dos lucros. "Empresas realmente inovadoras são aquelas capazes de contribuir para a geração de benefícios mútuos para o próprio negócio, o meio ambiente e a sociedade", ressalta. Ainda segundo o executivo "o processo de inovação gera vantagens competitivas a médio e longo prazo, essencial para garantir a sustentabilidade do negócio no futuro".
Nesse ponto, a VitalForce aposta que os investimentos em P&D devem trazer resultados interessantes, em um intervalo de tempo relativamente curto. Com os novos produtos, os gestores esperam que o faturamento da empresa avance 50% no primeiro ano. No segundo, os novos produtos devem incrementar o faturamento em 75%; e no terceiro, 100%. “Dobraremos o nosso faturamento em no máximo três anos”, explica o diretor.
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