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A Petrobras anunciou ontem que vai investir R$ 148,8 milhões, este ano, na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os recursos devem ser usados para ampliar a eficiência operacional da unidade, que completa 50 anos nesta sexta-feira, ao ritmo de produção de 166 mil barris por dia de petróleo vindos do pré-sal e do pós-sal da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro
Não haverá aumento do volume refinado em Betim. A expectativa com o plano de investimentos, é retirar mais produto de valor agregado da Regap, a partir do mesmo volume de petróleo processado. Os recursos previstos para este ano, segundo a refinaria, serão aplicados na atualização tecnológica de equipamentos e sistemas. A intenção é produzir mais derivados, com economia de energia e geração de mais produtos de valor agregado.
Segundo José Alexandrino Machado, gerente-geral da Regap, os planos são “robustos” para a região. “Os quase R$ 150 milhões de investimentos previstos vão melhorar nossa eficiência operacional e nossos processos de recuperação de enxofre, além de garantir a segurança por meio das paradas programadas”, afirmou.
Ainda segundo o diretor da refinaria, medidas de preservação do meio ambiente também serão contempladas no plano de investimentos. “Não são investimentos para aumentar a carga de produção, mas para aumentar a eficiência, retirando mais produtos de valor agregado a partir do mesmo volume de petróleo processado. Além disso, aplicaremos os recursos também no controle de emissões e tratamento de efluentes”, afirmou Alexandrino Machado.
A unidade da Petrobras é a maior arrecadadora do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Só no ano passado, foram recolhidos aos cofres estaduais R$ 5,8 bilhões referentes ao tributo. Já em relação ao Imposto Sobre Serviços (ISS) o valor recolhido foi de R$ 3,5 milhões. Quanto a produção, a Regap é responsável por 66% da gasolina consumida pelos automóveis de Minas. Já quanto aos carros e caminhões movidos a diesel, a unidade produz 52% do total utilizado.
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Contudo, Minas Gerais importa combustível de outros estados. “Algumas regiões do estado são abastecidas por refinarias da Petrobras que ficam em estados vizinhos, por uma questão de logística, assim como a Regap também atende parte do Espírito Santo, principalmente no fornecimento para o porto”, esclarece. Os dois combustíveis – gasolina e diesel -, representam 86% da produção total da Regag. O petróleo chega à Regap via Terminal de Campos Elíseos (Tecam) pelo duto denominado Orbel II.
A unidade industrial é a campeã na reutilização de água, que chegou a 26,3% em 2017, cerca de 2,9 milhões de metros cúbicos de água reutilizada exclusivamente pela Regap. A unidade emprega 1.870 pessoas no quadro próprio de pessoal e como terceirizados. Os investimentos previstos para este ano ainda devem proporcionar a contratação de novas empresas que deverão executar serviços para a Petrobras.
Gasolina
Levantamento de preços mostra que entre estados da Região Sudeste, Minas Gerais é o segundo no qual a gasolina está mais cara no varejo. A pesquisa foi feita nas bombas pela Ticket Log, considerando 36 mil postos de combustíveis. A empresa pertence ao grupo Edenred, atuando no segmento de cartões de abastecimento de combustíveis e destinados à gestão de frotas e de transporte de carga de longa distância.
Em Minas Gerais, o valor médio cobrado pelo litro do combustível foi de R$ 4,505, na média, em fevereiro, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, que registrou R$ 4,699 o litro. Na outra ponta, São Paulo aparece com o preço mais baixo, onde o litro custava R$ 4,049.
Quando analisado o Gás Natural Veicular (GNV), a situação dos motoristas de Minas fica ainda mais dramática. No estado, o GNV é o mais caro, cotado a R$ 2,749. Em relação ao etanol, Minas ficou com o segundo preço médio mais barato, de R$ 3,259, quando comparado com os vizinhos.
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