Fonte: Estadão Online - 10/08/07
O governo dos EUA divulgou na sexta-feira (03) planos para uma conferência de alto escalão a ser realizada em setembro e que discutirá o aquecimento global, reunindo os países mais poluentes do mundo em meio a esforços para selar um acordo capaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
O presidente norte-americano, George W. Bush, enviou os convites para 11 outros países mais a UE - União Européia e a ONU - Organização das Nações Unidas, convidando todos a participarem do encontro a ser realizado nos dias 27 e 28 de setembro em Washington.
O evento fará parte dos esforços para fixar, até 2008, as metas de longo prazo de combate às mudanças climáticas.
Bush sugeriu no final de maio, antes de uma cúpula do Grupo dos Oito (G8, que reúne países industrializados) na Alemanha, a realização da conferência, que será presidida pela secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. Os detalhes sobre a conferência, no entanto, vieram a público apenas agora.
Em uma carta aos convidados, obtida pela Reuters, Bush assegura-lhes que "os EUA estão comprometidos em trabalhar ao lado de outras grandes economias" para acertar um projeto de pacto global com vistas a reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Mas uma importante autoridade norte-americana afirmou que o governo do país continuava opondo-se à adoção de cortes compulsórios nas emissões.
Bush acertou com outros líderes do G8, em junho, realizar reduções "substanciais" nas emissões e negociar um novo pacto global capaz de estender e ampliar o Protocolo de Kyoto para além de 2012.
Mas o presidente norte-americano recusou-se a discutir cifras de redução antes de potências emergentes como a China e a Índia aceitarem submeter-se a esse tipo de medida. Convencer esses países a participar do processo será crucial para reverter a tendência mundial de aumento das temperaturas.
A China e a Índia estão entre os países convidados para o encontro de setembro, da qual devem participar também o Brasil, o Japão, o Canadá, a Coréia do Sul, o México, a Rússia, a Austrália, a Indonésia e a África do Sul, afirmou a autoridade norte-americana.
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