A indústria que estabelece um modelo de manutenção de suas máquinas e equipamentos, o faz com algum propósito.
Entre as prováveis razões estão:
Um plano de manutenção vai incluir os diversos tipos de manutenção, conforme o que tiver o melhor custo-benefício para um determinado ativo. Embora seja comum dividir os tipos de manutenção – corretiva, preventiva e preditiva – deve sempre ser levado em conta que cada equipamento pode necessitar de um mix dessas intervenções.
O mix mais adequado será determinado considerando as perdas potenciais de paradas de produção para o equipamento específico, seu custo de reparo, o impacto ambiental, a segurança e qualidade do produto ou serviço, entre outros.
Há vantagens e desvantagens em todos os tipos de manutenção, logo, nada melhor do que o especialista em engenharia de manutenção e a liderança estratégica da indústria montar o plano condizente com o sistema de ativos do ramo. O trabalho conjunto entre a equipe de engenharia de manutenção e gestão da produção é fundamental no planejamento e definição das intervenções de manutenção industrial.
A manutenção corretiva, também conhecida como manutenção de quebra, implica em que reparos são realizados em uma máquina ou equipamento que parou de funcionar. Portanto reativa. O equipamento falhou ou o desgaste foi tal que necessita de intervenção para que volte a cumprir satisfatoriamente a sua função na produção.
Continua depois da publicidade |
É o tipo de manutenção aplicada quando se acredita que os custos de parada e reparo, em caso de falha serão menores do que o investimento necessário para uma manutenção programada. Essa estratégia pode ter custo-efetividade até o momento em que uma falha catastrófica ocorra.
A manutenção preventiva é a que segue um planejamento anterior, baseado em intervalos de tempo definidos ou de acordo com um critério pré-estabelecido, com o objetivo de reduzir o risco de falha ou queda de desempenho do maquinário. Também conhecida como manutenção baseada no tempo (ou Time Based Maintenance – TMB).
Tudo indica que a manutenção preventiva é a estratégia mais difundida e usada atualmente. Ela é eficaz em prevenir falhas relacionadas ao envelhecimento dos ativos.
A manutenção preditiva, como o nome diz, se utiliza de técnicas e instrumentos para monitorar a condição ou saúde da máquina, o seu desempenho e indicadores de falhas potenciais, a fim de realizar manutenções pontuais no tempo certo e no menor custo possível.
Por vezes também definido como um modelo de manutenção de alta disponibilidade para um equipamento imprescindível que não pode falhar ou quebrar. São equipamentos dos quais se exige disponibilidade acima de 90% e isso é explicado por por consequências graves em caso de indisponibilidade ou defeito do mesmo.
Essa alta demanda do equipamento é um indicador de que ele deve ser monitorado de maneira constante e sua manutenção será executada de forma preditiva.
Outra contribuição da manutenção preditiva é a possibilidade de identificação de falhas aleatórias, o que representa 80% dos padrões de falha. Nesses casos o monitoramento da condição revela-se efetivo.
Vale repetir que o universo de equipamentos industriais é muito amplo e a criticidade e disponibilidade que cada ativo específico tem no processo de produção, exige a análise específica e o estabelecimento da melhor abordagem.
As novas tecnologias vão ajudar a indústria 4.0 a ser mais eficaz também nos seus processos de manutenção. É possível que o monitoramento da condição de máquinas e equipamentos ainda seja pouco frequente devido a falta de soluções baratas e eficientes para registrar os parâmetros relevantes como vibração, temperatura, pressão, etc.
Gostou? Então compartilhe: