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O uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs) ou drones está cada vez mais frequente por produtores de diferentes culturas, dentre elas as de soja, amendoim e cana-de-açúcar.
Esse objeto faz parte de uma revolução tecnológica que a agricultura vem adotando. A chamada Agricultura de Precisão (A.P.).
Segundo o professor do Departamento de Engenharia Rural, da Unesp de Jaboticabal, o professor Cristiano Zerbato, “a Agricultura de Precisão é uma nova forma de gerenciamento da propriedade agrícola, considerando a variabilidade espacial e temporal dos fatores de produção como da própria produtividade”.
Com a utilização dessa prática, o produtor tem vários benefícios, entre eles, o menor emprego e melhor distribuição de produtos químicos (fertilizantes, corretivos e defensivos agrícolas), em que há a aplicação destes produtos somente na dose necessária que aquele local necessita, com isso poluindo menos o meio ambiente e com um menor gasto, gerando um retorno financeiro maior para o agricultor no final da safra, além de poder ajudar no aumento da produtividade em locais onde a mesma se encontra baixa.
No final dos anos 90, início dos anos 2000, o drone passou a ser utilizado por produtores para um auxílio na colheita. Com o passar dos anos, eles foram evoluindo e ganhando mais espaço na Agricultura de Precisão.
Com os drones são feitos mapeamentos gerais, formando um mosaico de imagens da área coberta pelo vôo. “Com essa imagem podemos fazer várias análises como, por exemplo, altimetria do terreno, geração de curvas de nível no terreno, geração de linhas de plantio, falhas nas culturas, presença de plantas daninhas e, com sensores específicos, é possível analisar a saúde da plantação por meio de índices de vegetação gerados”, disse o professor Zerbato.
Em algumas lavoras já é possível notar diferenças com o uso VANT, entre elas o elevado levantamento de dados de uma lavoura em um tempo muito menor do que as técnicas convencionais anteriormente utilizadas e a visão detalhada de cada parte (pixel) da lavoura.
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Lavoura
No ano de 2015, o administrador Clailson de Souza Nakagi passou a utilizar o drone no desenvolvimento de projetos de plantio, em suas plantações de cana-de-açúcar e soja.
Nakagi explica que "com o uso de 'terraços base larga' combinados aos relatórios de fluxo hídrico do terreno conseguimos montar uma otimização em manobras onde respeitamos a altimetria do terreno em 80% e o fluxo hídrico em praticamente 100%. Dessa forma conseguimos enxergar melhor onde escorre a água quando chove e assim conseguimos otimizar sua distribuição que, consequentemente, resulta em menor desperdício de tempo em manobras e melhora a produtividade da cultura".
Ele destaca ainda,que, no pós-plantio, é realizado uma análise de falhas de plantio feitos com o drone e pela análise dessas falhas, no próximo ano, é feito o replantio por meio do piloto automático.
"Calculamos que com o replantio de falhas iremos prolongar a vida útil do canavial em pelo menos 4 anos e o custo por hectare chega a ser 70% mais barato que um plantio convencional”, disse Nakagi.
Para o produtor, com a utilização do drone, ele só encontrou vantagens, mas ele acrescenta que "a maior diferença no uso do drone está em saber usar a informação a seu favor. O produtor tem que quebrar paradigmas e mudar sua forma de trabalho".
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