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A indústria brasileira de máquinas e equipamentos revisou a estimativa no ano para queda 2 por cento, ampliando uma sequência de quatro anos de retração nas vendas, informou nesta quarta-feira a associação que representa o setor, Abimaq.
A entidade começou o ano com perspectiva de queda de 8 por cento. Em maio, chegou a prever reversão para crescimento, pretensão derrubada após a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer.
No ano até agosto, o setor teve faturamento de 44,15 bilhões de reais, queda de 4,1 por cento ante mesmo período de 2016. Para 2018, a expectativa é de retomada, embora ainda seja cedo para projeções numéricas.
“Ano que vem é um ano eleitoral, em que estamos vendo inflação controlada, taxa de juros declinante e tudo isso leva a crer que terá uma retomada positiva”, disse o presidente do Conselho da Abimaq, João Carlos Marchesan.
Recorde total
Em agosto, as vendas do setor subiram 2,6 por cento ante mesmo mês de 2016, a 6,08 bilhões de reais. O índice de uso da capacidade instalada do setor atingiu 72,1 por cento, ante 68,1 por cento em agosto do ano passado.
A carteira de pedidos recuou 1,3 por cento. O número de pedidos é suficiente para manter o setor por apenas 2,5 meses.
O consumo aparente, que indica o apetite da indústria para investimentos no setor produtivo, recuou pela décima quarta vez consecutiva, apresentando queda de 9,3 em agosto, ano a ano.
A Abimaq também viu com cautela a votação do Refis na Câmara, nesta quarta-feira, que prevê renegociação de dívidas tributárias.
“Somente empresas capitalizadas poderão ter sucesso. Grande parte fica fora e isso vai dificultar a recuperação”, disse Marchesan.
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