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O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 2,8 pontos no terceiro trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, atingindo 105,1 pontos. O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas.
"O arrefecimento da tendência da alta do Indicador de Intenção de Investimentos retrata bem a dificuldade de se acelerar investimentos em um ambiente de elevadas ociosidade e incerteza. O setor industrial coloca-se em compasso de espera por notícias que aumentem o grau de certeza quanto ao rumo da economia no horizonte de dois a três anos. Essa postura pode ser ilustrada pela ocorrência de um recorde de empresas prevendo estabilização do ritmo de crescimento dos investimentos nos próximos meses apesar de a economia apresentar uma inequívoca tendência de aceleração no momento", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a proporção de empresas prevendo investir mais nos 12 meses seguintes superou a das que projetam investir menos, algo que não ocorria desde 2014. Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2017 houve redução tanto da parcela de empresas que preveem investir mais, de 25,6% para 21,1%, quanto das que preveem investir menos, de 17,7% para 16,0%.
Com a menor incidência de respostas extremas, foi registrada a maior proporção de empresas prevendo estabilidade dos investimentos na série iniciada em 2012. Este resultado foi possivelmente afetado pelo aumento do grau de incerteza em relação à execução do plano de investimentos na comparação com a Sondagem do segundo trimestre, cuja apuração foi quase inteiramente realizada no período anterior à crise política iniciada em 17 de maio.
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Grau de incerteza em relação aos investimentos
Neste trimestre as empresas industriais também foram consultadas quanto ao grau de certeza em relação à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes.
A proporção de empresas que estão certas em relação à execução do plano de investimentos (28,2%) superou a proporção de empresas incertas (27,3%) pelo terceiro trimestre consecutivo. Mas nos dois trimestres anteriores, as respostas denotavam um maior grau de certeza. No trimestre anterior estas proporções haviam sido de 25,0% e 21,3%, respectivamente. O resultado segue em linha com o Indicador Mensal de Incerteza Econômica do IBRE, que depois de um expressivo aumento em junho, manteve-se elevado em termos históricos em julho e agosto.
A edição do terceiro trimestre de 2017 da Sondagem de Investimentos coletou informações de 723 empresas entre os dias 03 de julho e 31 de agosto.
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