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A Gühring, especialista em ferramentas de usinagem, se arrisca em novos segmentos para ganhar mercado. O gerenciamento de serviços e o lançamentos de ferramentas voltadas para o segmento MRO (manutenção, reparo e operação) são as apostas da empresa alemã no Brasil. Na primeira quinzena de maio, a empresa lançou na Expomafe sua nova linha de produtos PowerLine, voltada para o segmento MRO. A linha é composta de brocas, fresas, machos, alargadores e escareadores em Aço Rápido (HSS) e em Metal Duro (Solid Carbide).
“Nossos produtos são feitos com aço alemão, o que garante melhor qualidade, uma vida mais longa para o produto e produtividade. Nossas ferramentas já são reconhecidas pela alta qualidade e robustez no mercado corporativo. Vamos transferir esse reconhecimento que temos de ferramentas robusta, confiável e high-tech para o segmento MRO”, explica o diretor-geral da Gühring do Brasil, Jorge Jerônimo.
O reconhecimento da marca na produção de ferramentas e um know-how construído em mais de um século traz segurança para a empresa entrar no concorrido segmento, entretanto, Jerônimo reconhece que isso não é suficiente. “Será necessário também inovar para superar os paradigmas que pesam sobre o negócio, já que estamos falando de um setor que opera há décadas com o mesmo modelo comercial”, pondera.
O executivo conta que o portfólio de produtos foi desenvolvido inicialmente para o Brasil, há dois anos, mas a matriz optou por estender a comercialização da linha na Rússia, México e China.
Gerenciamento de ferramentas
Embora aposte há cinco anos no serviço de gerenciamento de ferramentas no Brasil, a Gühring tem dado uma atenção especial ao segmento por aqui, especialmente depois que a indústria local passou a sofrer com a recessão. A redução de custos no processo de usinagem é uma das responsáveis pela procura de serviço de gerenciamento.
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“Este fenômeno se dá em razão da busca constante da indústria por maior competividade, especialmente em momentos de crise. O Brasil tem uma infraestrutura deficiente e uma elevada carga tributária, prover um pacote de serviços robusto, que possa verdadeiramente impactar no custo por peça é essencial para a competividade e permanência nos negócios”, diz Jerônimo. O gerenciamento de ferramentas, que garante um controle maior das ferramentas utilizadas no chão de fábrica, é um dos grandes negócios da empresa no exterior. A empresa atende 65 clientes internacionais, sendo seis no Brasil – duas montadoras e quatro empresas do setor de autopeças.
“Empresas do setor automotivo são as que mais nos procuram, já que a pressão de custos sobre a cadeia de valor é imensa”, diz o executivo. Os ganhos com o serviço dependem dos aspectos organizacionais de cada empresa. Entretanto, projetos que estão em pleno funcionamento no Brasil, considerando apenas os valores que a Gühring tem acesso, a economia tem sido superior a 20%, segundo a empresa.
“O gerenciamento de ferramentas é um serviço extremamente complexo. No passado, não tínhamos no Brasil uma estrutura operacional adequada para realizar a análise técnica e de dados para oferta-lo, bem como garantir os requisitos dos clientes. Este é um serviço que recebe destaque na estratégia global da Gühring, atualmente são mais de 70 projetos no mundo. Este serviço não é fácil vender, demanda amplo conhecimento de gestão de negócios, equívocos por falta de conhecimento e experiência, podem inviabilizar o projeto no médio prazo”, avalia.
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