Gerdau tem prejuízo líquido ajustado de R$34 mi no 1º tri

O grupo siderúrgico Gerdau teve prejuízo líquido ajustado de 34 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de 14 milhões obtido no mesmo período de 2016.

A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 853 milhões de reais de janeiro a março, 8,3 por cento menor ante igual intervalo um ano atrás.

A companhia informou ainda no balanço que projeta investimentos estáveis da ordem de 1,3 bilhão de reais em 2017, mantendo estimativa divulgada por ocasião do resultado do quarto trimestre do ano passado.

Considerando reversões de provisões geradas pela decisão, em meados de março do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre inconstitucionalidade de cobrança de ICMS da base de cálculo de PIS e Cofins, a empresa teve lucro líquido de 824 milhões de reais no primeiro trimestre.

As operações da Gerdau no Brasil ampliaram sua participação no Ebitda do grupo de 30,9 no primeiro trimestre de 2016 para 39,8 por cento, enquanto na América do Norte houve recuo de 38,4 para 22,5 por cento.

Apesar da produção de aço bruto da Gerdau no Brasil ter caído 4,1 por cento sobre o primeiro trimestre do ano passado e as vendas totais de produtos longos e planos terem recuado 10,3 por cento, a companhia conseguiu alta de 3,3 por cento na receita líquida, para 2,78 bilhões de reais. Enquanto isso, os custos das vendas ficou praticamente estável.

"O aumento da receita líquida no primeiro trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano passado foi resultante, principalmente, da maior receita líquida por tonelada vendida no mercado interno", afirmou a Gerdau no balanço.

Na América do Norte, a produção subiu 10 por cento, enquanto as vendas avançaram 2,5 por cento, mas a receita líquida teve queda de 15,7 por cento, em função de variação cambial, afirmou a Gerdau. O custo das vendas na região teve queda de 12 por cento.


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A Gerdau terminou o primeiro trimestre com um fluxo de caixa livre negativo em 256 milhões de reais, afetado por consumo de 457 milhões de capital de giro "decorrente de readequação de estoques", afirmou a empresa no balanço.

A companhia encerrou março com uma relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 3,5 vezes ante 4,1 vezes um ano antes.