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A Mercedes-Benz, do grupo alemão Daimler, poderá fechar uma fábrica de carros de luxo recém inaugurada no interior de São Paulo, dependendo do destino que será dado pelo governo para a política industrial que incentivou a abertura da unidade, afirmou o presidente da companhia no país, Philipp Schiemer, segundo reportagem da revista Exame.
A fábrica instalada em Iracemápolis (SP) recebeu investimentos de cerca de 170 milhões de euros e foi inagurada pela companhia no ano passado. A unidade veio em meio a uma onda de instalações de fábricas de veículos de luxo no país de marcas como BMW e Audi, da Volkswagen , que receberam incentivos do programa governamental Inovar Auto para produzirem no país.
Questionado pela revista sobre o destino da fábrica de Iracemápolis, Schiemer respondeu que a unidade poderá ser fechada se deixar de ser rentável.
"Essa é uma possibilidade se a unidade deixar de ser rentável. É claro que seria ruim perder o investimento de 600 milhões de reais, mas não perderíamos o mercado, porque os carros continuarão a ser vendidos, só que importados", disse o executivo, segundo a publicação.
Procurada pela Reuters, a Mercedes-Benz do Brasil não confirmou as informações.
"Não confirmamos, a interpretação dada não condiz com a realidade da fábrica", disse a companhia. "A Mercedes não está voltando atrás no investimento em Iracemápolis, o investimento está mantido, inclusive, a empresa está construindo um campo de provas ao lado da fábrica", afirmou um representante da empresa.
Em nota, a Mercedes-Benz afirmou ainda que "mantém os investimentos de mais de 700 milhões de reais na fábrica de automóveis de Iracemápolis (SP), inaugurada em março de 2016, e que continuará produzindo seus automóveis Classe C e GLA no país".
A montadora alemã afirmou ainda que "estes investimentos estão mantidos pela empresa por acreditar no potencial do segmento de automóveis premium no Brasil e pela grande aceitação dos modelos produzidos nacionalmente".
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O Inovar Auto passou a valer em 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e tem vigência até o final deste ano. A expectativa da indústria era que o governo usasse o período para preparar uma nova política industrial de longo prazo mas até agora o governo do presidente Michel Temer não divulgou as novas diretrizes.
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