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O dólar fechou a quarta-feira em leve alta ante o real, com os investidores reagindo à concessão feita pelo governo na reforma da Previdência, que alimentou preocupações de que possa prejudicar o ajuste fiscal do país.
O movimento de alta, no entanto, foi suavizado por fluxo pontual de venda e o recuo da moeda norte-americana no exterior.
O dólar avançou 0,18 por cento, a 3,0957 reais na venda, depois de bater 3,1106 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,20 por cento.
"Ainda é um movimento tímido (do dólar)", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa, acrescentando que, caso mais à frente haja desvirtuamento ainda maior da reforma da Previdência, o cenário pode ser de altas mais intensas da moeda norte-americana.
Na véspera, o presidente Michel Temer anunciou que somente os servidores públicos federais serão atingidos pelas mudanças previstas na reforma da Previdência, deixando de fora servidores estaduais e de municípios, na tentativa de facilitar a tramitação da reforma no Congresso.
Essa reforma é considerada pelos agentes econômicos como fundamental para o país colocar suas contas públicas em ordem e, assim, engatar movimento de crescimento econômico sustentado.
O mercado também continuou monitorando os desdobramentos da operação Carne Fraca, que pode afetar a balança comercial brasileira, já que muitos países anunciaram a interrupção temporária de compras do produto brasileiro.
Nesta manhã, foi a vez da África do Sul, que suspendeu as importações de carnes de estabelecimentos com suspeita de envolvimento em fraudes no Brasil.
O avanço mais forte do dólar, entretanto, acabou atraindo fluxo pontual de venda quando passou o patamar de 3,10 reais. O movimento de alta também foi parcialmente contido nesta sessão pelo mercado externo, onde o dólar caía ante algumas moedas de países emergentes, como o peso mexicano, e também sobre uma cesta de moedas.
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O Banco Central brasileiro vendeu integralmente nesta sessão o lote de até 10 mil swaps tradicionais - equivalente à venda futura de dólares - ofertados para rolagem dos contratos de abril. Já foram cinco leilões iguais, que reduziram a 7,211 bilhões de dólares o estoque que vence no mês que vem.
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