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As vendas de aços planos por distribuidores no Brasil caíram 1% em janeiro sobre o mesmo mês do ano passado, para 239 mil toneladas, informou ontem o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro. Segundo ele, o volume vendido em janeiro foi o mais baixo para o mês desde 2009, quando 220,4 mil toneladas de aços planos foram negociadas.
“Janeiro foi um pouco pior do que imaginávamos”, disse Loureiro. Na comparação com dezembro, as vendas de aços planos subiram 8,1%, menos que a alta de 15% esperada pela associação.
Segundo o presidente do Inda, alguns clientes estão optando por consumir os estoques e adiar as aquisições em razão do aumento de preços anunciado em janeiro. “Sentimos uma resistência ao aumento de preços e os clientes estão segurando as compras”, observou.
O estoque na cadeia encerrou janeiro em 911,6 mil toneladas, alta de 1,2% em relação a dezembro. Segundo a associação, o volume é suficiente para 3,8 meses de vendas.
Compras
Além do desempenho mais fraco das vendas no primeiro mês do ano, Loureiro atribui o aumento dos estoques à alta das compras por parte dos associados do Inda.
Ele acrescentou que alguns distribuidores buscaram se antecipar ao reajuste de preços comunicado pelas siderúrgicas. Com isso, as compras em janeiro somaram 250 mil toneladas, alta de 23,7% ante dezembro e de 2,4% sobre igual mês de 2016.
“Não é bom esse desentrosamento da compra e da venda, fruto do aumento de preços anunciado em janeiro”, disse. Para fevereiro, o Inda espera queda de cerca de 10% nas vendas ante janeiro.
Importações - Loureiro alertou ainda que o aço brasileiro vem perdendo espaço para o importado em meio à queda do dólar ante o real. “Como o Inda trabalha mais com o aço nacional que com o importado, sentimos mais essa queda”, afirmou.
As importações de aços planos em janeiro tiveram alta de 61,7% ante dezembro e de 310,4% sobre igual mês de 2016, somando 124,8 mil toneladas. “E as importações devem continuar nesse ritmo nos próximos dois a três meses”, previu o presidente do Inda.
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Segundo ele, com o dólar em torno de R$ 3,10, o prêmio do aço nacional já supera 20%. “Se o dólar seguir derretendo, as usinas vão ter que mexer no preço para não perder mercado”, alertou, apontando R$ 3,30 a R$ 3,40 como o intervalo desejado pelo setor para que os prêmios retornem ao nível de 10 a 15%.
Mas, por enquanto, as siderúrgicas não deram qualquer sinalização de que devem conceder descontos aos distribuidores, informou Loureiro.
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