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Dos do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) mostram que a intenção de investir dos micro e pequenos empresários (MPEs) pelos próximos 90 dias segue em patamar baixo: apenas 21,4% dos entrevistados pretendem fazer investimentos, sendo o aumento de vendas o objetivo apontado por 55% desses empresários.
Outros motivos são a necessidade de atender a demanda (15,2%) e a adaptação da empresa a novas tecnologias (14,6%).
Em dezembro, o índice atingiu 26,23 pontos, abaixo dos 27 pontos de novembro. Quanto mais próximo de 100, maior é a propensão desses empresários a investir e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão. Na variação anual com dezembro de 2015, houve uma estabilidade na demanda por investimentos, fazendo com que o índice passasse de 25,16 para 26,23 pontos.
Entre os que pretendem investir, o destino será principalmente para propaganda e mídia (29,8%), para a ampliação de estoques (28,6%), para a compra de equipamentos, maquinário e computadores (25,1%) e também para a reforma da empresa (24,0%). Para esses MPEs, o capital próprio aparece como o principal recurso. Mais da metade desses empresários (57,9%) usará o dinheiro de poupança e investimentos. Outras opções ainda mencionadas são empréstimos em bancos e financeiras (18,7%) e a venda de algum bem (8,8%).
A maioria dos empresários, porém, não pretende investir (70,7%) nos próximos três meses. Entre esses, 46,1% dizem não haver necessidade; 22,1% afirmam que o país ainda não saiu da crise e 15,2% apontam a falta de recursos e de crédito.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, diante de um cenário de incerteza, o investimento encontra dificuldade para avançar, e não só entre os micro e pequenos empresários. “Mesmo a melhora de confiança que se observou com mais evidência no segundo semestre de 2016 ainda não foi suficiente para alavancar o investimento nem encorajar o empresariado a buscar crédito”, afirma. Apesar dos ainda persistentes fatores de risco, a queda dos juros é boa notícia para o investimento que, no entanto, só deverá reagir mais à frente”, explica Kawauti.
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Crédito
O SPC Brasil e a CNDL também calcularam a demanda por crédito dos micro e pequenos empresários e mostram que 87,2% não pretendem contratar pelos próximos três meses e apenas 6,5% admitem essa possibilidade. O indicador de demanda por crédito do MPE permaneceu baixo ao longo de todo o ano de 2016, alcançando, no mês de dezembro, a marca de 12,3 pontos.
Quase metade dos empresários que não pretende tomar crédito (49,4%) aponta o fato de conseguir se manter com recursos próprios como justificativa. Destacam-se também as elevadas taxas de juros, apontadas por 17,6% desses empresários, e a insegurança com as condições políticas e econômicas do país, citada por 17,2%.
Desde o início da série histórica, em maio de 2015, a intenção de contratar crédito não avança, com média próxima de 12,5 pontos.
O governo federal anunciou na quarta-feira (18) a liberação de R$ 8,2 bilhões em financiamentos para pequenas e microempresas para os próximos dois anos a partir de março. O dinheiro estará disponível em empréstimos do Banco do Brasil e do BNDES.
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