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Uma tecnologia que deverá ter um amplo impacto nas indústrias aeroespacial e automotiva acaba de ser desenvolvida por uma equipe das universidades de Bristol e Surrey, no Reino Unido, e da empresa canadense Bombardier.
A tecnologia consiste em um método de fabricação de materiais compósitos - como as fibras de carbono - que torna esses materiais ultrarresistentes capazes de transmitir eletricidade e calor.
Os compósitos de fibra de carbono - feitos com fibras de carbono misturadas a um polímero - revolucionaram as indústrias que exigem materiais fortes, mas leves. Contudo, sua aplicação tem sido restringida por causa de suas condutividades elétricas e térmicas inerentemente pobres.
"A indústria aeroespacial ainda depende de estruturas metálicas, sob a forma de uma malha de cobre, para fornecer proteção contra descargas atmosféricas e evitar a acumulação de carga estática na superfície dos compósitos de fibra de carbono devido à sua baixa condutividade elétrica. Isto aumenta o peso e torna difícil a processo de fabricação com compostos de fibra do carbono," explicou Thomas Pozegic, principal responsável pelo desenvolvimento da tecnologia.
"O material que desenvolvemos utiliza nanotubos de carbono de alta qualidade, cultivados em alta densidade, para permitir o transporte elétrico em todo o material compósito," acrescentou ele.
Tecnologia aeroespacial em carros
A técnica de fabricação consiste em fazer com que os nanotubos de carbono cresçam diretamente sobre a superfície das peças de fibra de carbono.
Além de não interferir com a integridade estrutural do material, a fabricação integrada permite adicionar múltiplas funcionalidades a cada peça, de acordo a aplicação, incluindo a construção de sensores, antenas de comunicação e para-raios.
"No futuro, os compósitos de fibra de carbono modificados com nanotubos de carbono poderão viabilizar possibilidades entusiasmantes, como a colheita de energia e estruturas de armazenamento com capacidades de autocura. Estamos atualmente trabalhando nesses protótipos e temos muitas ideias, incluindo a incorporação da atual tecnologia aeroespacial e de satélites em projetos automotivos," disse o professor Ravi Silva.
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*Bilbiografia do estudo no artigo original.
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