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A Bolsa reagiu com força à decisão do Copom de acelerar a queda da taxa básica de juros. Na visão de analistas deste mercado, a alta diz respeito ao efeito direto que o recuo na Selic tem sobre a economia real, em especial empresas dos setores elétrico, rodoviário, varejo.
Tanto que as maiores altas eram de BR Malls ON (6,64%), seguida por EcoRodovias ON (5,76%), Copel PNB (5,59%), Lojas Americanas PN (5,35%), Lojas Renner ON (5,19%), Localiza ON (5,39%) e Cyrela ON (5,13%). Com isso, o Ibovespa subia 2,86% no fim da manhã, aos 64.230,40 pontos.
De acordo com operadores, se por um lado o corte mais agressivo da Selic será um fator bem positivo para o desempenho do Ibovespa, por outro, a reação negativa das bolsas europeias e futuros de Nova York a "não notícia" sobre o plano econômico de Donald Trump, que toma posse na Presidência dos Estados Unidos no dia 20, será o contraponto.
"A Bolsa já antecipou uma parte da queda da Selic com as altas nos últimos pregões, mas falta um pouco mais para corrigir para cima", nota Marco Tulli Siqueira - gestor de renda variável da Coinvalores.
Para Tulli, a reação das bolsas na Europa será um fator de equilíbrio para a bolsa brasileira hoje. "Nada que mude a tendência de alta", afirma o gestor.
Além de digerir a decisão de corte maior no juro básico, a continuidade do fortalecimento das commodities amplia o tom otimista. Desde ontem, os investidores têm estado otimistas de que o acordo da Opep e 11 produtores de fora do cartel no final do ano passado para cortar cerca de 2% da produção global esteja se materializando. Maior exportadora de petróleo do mundo, a Arábia Saudita teria informado a compradores asiáticos que iria reduzir o seu fornecimento de petróleo em fevereiro. A produção de petróleo dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) registrou sua primeira queda nos últimos sete meses, de acordo com um recente relatório da S&P Global Platts.
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Para os operadores, os papeis dos bancos podem apresentar alguma volatilidade, a depender se vão querer compensar a queda da taxa básica aumentando o spread. Tulli ressalta ainda que os investidores seguem acompanhando o processo de socorro aos estados que passam por uma crise em suas finanças e também a continuidade do ajuste fiscal no âmbito do governo federal.
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