Suzano Papel e Celulose acumula geração de caixa operacional superior a R$ 3 bi nos últimos 12 meses

Resultado obtido em ambiente desafiador no mercado de celulose demonstra disciplina de custos e estratégia adequada na alocação de capital.

A Suzano Papel e Celulose divulgou nesta terça-feira (25) os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2016, com uma geração de caixa operacional de R$ 507 milhões acumulada entre julho e setembro. A geração de caixa operacional é calculada a partir do Ebitda ajustado (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações, na sigla em inglês, ajustado para efeitos não-recorrentes) menos o capex de manutenção. No período de 12 meses encerrado em setembro, a geração de caixa operacional alcançou R$ 3,1 bilhões, resultado que demonstra a disciplina de custos e estratégia adequada na alocação de capital por parte da companhia.

Para alcançar este resultado em meio a um ambiente desafiador no mercado de celulose e dos efeitos provocados pela apreciação do real, a companhia contou, por exemplo, com uma trajetória de custos operacionais em queda. O custo caixa de produção de celulose sem paradas, indicador que dimensiona a competitividade das fábricas de celulose, caiu 4,7% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A inflação, por sua vez, teve alta de 8,5% no mesmo período.

No acumulado de janeiro a setembro, o custo caixa de produção de celulose cresceu 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, significativamente abaixo da variação da inflação. O mesmo aconteceu na linha de despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), que ficou praticamente estável na comparação entre os primeiros nove meses de 2016 e o mesmo intervalo do ano passado.

“Os números mostram que a disciplina de custos continua sendo um dos pilares da Suzano Papel e Celulose e que a empresa continua se preparando para o futuro”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose.

O consistente resultado operacional acontece mesmo diante de uma menor produção no trimestre, reflexo do cronograma de paradas programadas para manutenção e em função do ramp up mais lento na Unidade Imperatriz (MA) após parada programada.


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Essa combinação contribuiu para que o Ebitda ajustado somasse R$ 767 milhões no terceiro trimestre. No período de 12 meses encerrado em setembro, o Ebitda ajustado somou R$ 4,2 bilhões. A geração de caixa continuou a contribuir, dessa forma, para a contínua redução da dívida líquida e para que a alavancagem da companhia permaneça em patamares confortáveis – 2,4 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda.

O balanço da Suzano Papel e Celulose mostra ainda uma receita líquida de R$ 7,385 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado. A última linha do balanço aponta um lucro líquido de R$ 2,132 bilhões, revertendo a tendência de prejuízo registrada no ano passado.

Disciplina de oferta

Por entender que o momento não é o melhor para adições à oferta, a Suzano decidiu postergar parte do Projeto 5.1, na Unidade Mucuri (BA), consequência da política de disciplina e flexibilidade na alocação de capital para investimentos. Ao mesmo tempo, o capex do Projeto 5.1 foi reduzido de R$ 1,14 bilhão para R$ 890 milhões. “Esta revisão do capex é resultado da renegociação de contratos, além do efeito da variação cambial e da postergação do cronograma”, explica Marcelo Bacci, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Suzano Papel e Celulose.

Em função disso, o capex para 2016 foi reduzido novamente, agora de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,9 bilhão – a primeira projeção para o ano indicava capex de R$ 2,4 bilhões. A Suzano Papel e Celulose também anuncia hoje o capex de R$ 2,5 bilhões para 2017, incluindo desembolsos com compra de terra e florestas anunciados na data de hoje.

Nas últimas semanas, a Suzano também anunciou reajuste no preço lista da celulose vendida na China e no preço dos papéis cut size e offset exportados aos países da América Latina. Também no segmento de papel, a companhia conseguiu aumentar o market share no mercado interno, com preços estáveis em relação aos valores praticados no segundo trimestre de 2016.