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Trabalhadores da fábrica de caminhões e ônibus da Volvo na região metropolitana de Curitiba decidiram nesta segunda-feira (10) manter greve iniciada na semana passada, em protesto contra proposta da montadora de cortar em 50 por cento a reposição da inflação em negociação de reajuste salarial.
A fábrica emprega cerca de 3.200 trabalhadores e produzia antes da paralisação 35 caminhões pesados, 12 caminhões médios e 5 ônibus por dia, informou o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. A paralisação começou na terça-feira passada.
A montadora propõe reposição em 4,81 por cento ante 9,62 por cento do índice INPC, afirmou a entidade em comunicado à imprensa. Os trabalhadores exigem a reposição integral da inflação.
"Esse percentual de 100 por cento é o mínimo que se pode aplicar, abaixo disto é perda salarial", disse em comunicado à imprensa o presidente do sindicato, Sérgio Butka.
As vendas de caminhões e ônibus no Brasil este ano acumulam forte queda sobre o ano passado em meio à recessão e incertezas de empresários sobre investimento. De janeiro a setembro, as vendas de caminhões novos no país têm queda de 30 por cento, enquanto os licenciamentos de ônibus mostram baixa de 32 por cento.
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