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A instabilidade política e econômica do Brasil é a principal causa da retração das vendas de máquinas agrícolas no país. A avaliação foi feita nesta segunda-feira (8) pelo vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Francisco Maturro.
Durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo (SP), Maturro afirmou que a incerteza levou o agricultor a retrair investimentos na renovação de maquinário. No entanto, ele disse acreditar que o Brasil reencontrará e estabilidade, com reflexos positivos para o setor de máquinas e equipamentos agrícolas.
“A indústria está sofrendo, mas está em vias de recuperação. É uma indústria sólida, equilibrada, que está fortalecida e máquina não fica velho só pelo uso, mas também pela evolução tecnológica”, disse Maturro. “A estabilidade está por vir e as vendas estão se recuperando”, acrescentou.
De acordo com dados divulgados neste mês pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reúne as maiores montadoras do país, as vendas de máquinas agrícolas em julho somaram 4.017 unidades, um aumento de 1,3% em relação ao mesmo mês em 2015.
No entanto, quando se compara o acumulado dos primeiros sete meses do ano, a Anfavea registra uma queda de 26,2% em relação ao mesmo intervalo em 2015. De um ano para outro, as vendas foram de 28.651 para 21,073 unidades.
O presidente da John Deere no Brasil e vice-presidente da Abag, Paulo Hermann, reconheceu que a queda de vendas na indústria de máquinas agrícolas é “relativamente grande”. Ele usou como referência o desempenho de 2013, quando as vendas tiveram o melhor desempenho dos últimos anos.
“A gente está vindo do sótão. Então, há uma tendência de acomodação. Os agricultores, de certa maneira, estavam capitalizados, mas essa situação no país afetou a confiança deles”, avaliou o executivo da John Deere.
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