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Um material capaz de absorver uma ampla gama de vibrações, incluindo a faixa audível - as vibrações mais indesejáveis da engenharia - acaba de ser fabricado por uma equipe da Escola Politécnica de Zurique (ETH), na Suíça.
A eficiência do material antivibração é tão grande que a equipe aposta que ele vai estrear nas aplicações mais nobres, incluindo foguetes e satélites artificiais, e na fixação de motores de aviões e rotores de turbinas eólicas.
Uma espécie de "espuma rígida", o material consiste em uma estrutura padronizada com perfurações espaçadas por 3,5 milímetros, no interior da qual são colocados cubos de aço, que funcionam como ressonadores.
"Em vez de a vibração viajar ao longo de toda a estrutura, ela é aprisionada pelos cubos de aço e pelas varetas da grade plástica interna, de forma que o outro lado da estrutura não se move," explica o professor Chiara Daraio.
Espuma rígida
Apesar de já existir uma infinidade de materiais de absorção de vibrações, a maioria consiste de materiais macios. Já a nova estrutura é rígida, o que possibilita seu uso como um componente estrutural, suportando cargas, por exemplo, em engenharia mecânica ou mesmo em rotores de avião e hélices de helicóptero.
Além disso, ela absorve uma ampla gama de vibrações, de alta e baixa frequência, podendo ser customizada para absorver oscilações na faixa de algumas centenas até dezenas de milhares de hertz.
E o material compósito é particularmente eficiente na absorção das vibrações lentas. "Isto inclui as vibrações na faixa audível. Na prática da engenharia, estas são as mais indesejáveis, já que causam poluição ambiental e reduzem a eficiência energética de máquinas e veículos," explicou Daraio.
A equipe agora pretende testar seu design com outros materiais, incluindo metais leves em lugar do plástico.
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