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Energeticamente mais eficientes, menos poluentes, e não muito diferentes dos aviões atuais. Assim é o principal avião-conceito idealizado por um projeto financiado pela União Europeia para dar um impulso a curto prazo na aviação comercial, com foco sobretudo na redução do seu impacto ambiental - o que significa redução do consumo de combustível e da geração de ruídos.
O principal objetivo do trabalho era estudar a aplicação prática de uma técnica conhecida como fuselagem propulsora, que integra os motores no corpo do avião. Essa propulsão distribuída facilita também o uso de arquiteturas híbridas, ou seja, arquiteturas que combinam diferentes fontes de energia, como turbinas a gás, baterias avançadas ou células a combustível.
Foram propostos dois conceitos, um mais conservador e facilmente adotável pela indústria aeronáutica, e outro mais avançado, com potencial para gerar maiores ganhos, mas que exigirá novos modelos de aviões.
O primeiro consiste na inclusão de um propulsor adicional, construído na cauda do avião. Esse motor aumenta o empuxo reacelerando o ar que tem sua velocidade reduzida pelo contato com a fuselagem. Como o motor traseiro complementa os motores sob as asas, o projeto permite que esses motores tradicionais nas asas sejam menores e menos potentes.
Asa voadora
O segundo conceito, mais avançado, envolve um tipo de fuselagem radicalmente diferente: uma avião-asa híbrido, no qual a asa e o corpo do avião se mesclam em uma forma contínua.
Neste conceito alternativo, vários propulsores são instalados na parte traseira da aeronave, obtendo o mesmo efeito de reaceleração do ar que toca o avião, além de tirar proveito da melhor aerodinâmica do conceito de asa voadora.
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Pelos cálculos da equipe, que envolveu universidades, institutos de pesquisas e empresas aeronáuticas, o sistema de fuselagem propulsora oferece um ganho adicional de economia de combustível de 10% para o tipo tradicional de aeronave que as empresas têm projetado para construir até 2035. Em comparação com os aviões típicos do ano 2000, a economia chega a quase 40%.
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