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A venda de máquinas agrícolas em maio registrou 3,4 mil unidades e importante alta de 19,3% sobre abril. O bom resultado foi atribuído sobretudo à Agrishow, maior feira nacional do setor, que ocorreu no início de maio. No acumulado dos cinco primeiros meses, porém, as 12,9 mil unidades resultam em queda expressiva de 36% ante o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Assim como fez com outros segmentos, a Anfavea revisou para baixo as projeções das máquinas. Em vez de 45,8 mil unidades vendidas até o fim do ano e leve alta de 2% sobre 2015 a entidade agora estima 38 mil máquinas e queda de 15,5%.
O segmento de maior volume, o de tratores de rodas, é quase um espelho do setor como um todo. Recuou 36,2%. Os modelos menos potentes (até 80 cavalos) tiveram queda ainda mais alta, de 46,2%. Esse número reflete a grande insegurança do pequeno agricultor.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, comemora a reabertura, a partir da terça-feira, 7, das Propostas para Aprovação de Crédito aos agricultores, que foram encerradas há cerca de duas semanas e estão sendo retomadas: “Essa continuidade no acesso ao Moderfrota é fundamental para o setor”, recorda Megale, que atribuiu parte do bom resultado de maio àqueles que aproveitaram os últimos dias das linhas de financiamento com taxas antigas, mais baixas.
Ainda em relação ao mercado interno, as colheitadeiras registraram em maio 244 unidades e alta de 106,8% sobre abril. No entanto, com 1,3 mil unidades no acumulado do ano, anotaram queda de 19,2%. Os modelos mais potentes, acima de 410 cv, recuaram 30,6%. As retrações acentuadas no período para tratores de esteiras (-41,5%) e retroescavadeiras (-55,9%) resultam do menor número de grandes obras e licitações.
A produção de máquinas no País somou até maio 15,2 mil unidades e queda de 43,5%. A retração mais acentuada que a do mercado interno ocorre pelo fraco desempenho nas exportações, que recuaram 24,4% ante os mesmos meses do ano passado. Até o fim do ano essa queda deve diminuir, segundo as projeções atualizadas da Anfavea, para 18,6%. Novos negócios vêm sendo feitos com países africanos como forma de compensar as perdas do mercado argentino.
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