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Apesar de possuir boa matriz energética, o Brasil ainda está muito aquem de outras grandes economias na promoção de políticas para eficiência energética. É o que defende Paulo Miotto, diretor da consultoria Ecoeficiência Energia, que apresenta na Mecânica 2016 o painel Aliança Empresarial para a Eficiência Energética - Iniciativa para o Aumento da Competitividade na Indústria Brasileira, no dia 20 de maio, das 16h às 17h.
A Feira internacional da Mecânica 2016 acontece no Pavilhão do Anhembi, de 17 a 21 de maio, e é o evento-referência para os compradores da indústria de bens de capital no Brasil e América Latina.
Miotto explica que, segundo estudo da American Council for an Energy-Efficient Economy elaborado em 2014, o Brasil ocupa 15º lugar entre as 16 maiores economias no quesito eficiência energética, quando levados em consideração quatro tópicos: Política Nacional, Transporte, Indústria e Edificações.
“Por isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Ministério de Minas e Energia, com apoio da CNI, entre outros órgãos competentes, têm trabalhado para desenvolver um novo programa nacional, que não contenha apenas diretrizes como é o caso do PNEf (Programa Nacional de Eficiência Energética), mas sim ações práticas especialmente junto à indústria. O Programa chama-se A3E - Aliança Empresarial para Eficiência Energética e será lançado ainda em 2016”.
Pelo fato de a energia elétrica produzida no Brasil ter as usinas hidrelétricas como sua fonte majoritária, o que torna sua matriz relativamente limpa, o tema eficiência energética na indústria acaba se tornando secundário. “É muito comum uma indústria justificar sua baixa eficiência energética, quando estamos analisando oportunidades de melhoria, pelo fato de ter em sua matriz uma fonte renovável”.
A principal oportunidade apontada por Miotto para o aumento da competitividade industrial na questão energética é a quebra de paradigmas em relação às causas do alto custo de energia de uma companhia.
“Os custos de energia são os sintomas do problema. É necessário que a indústria vá além da simples análise dos custos de energia elétrica. É preciso analisar a matriz completa, incluindo todos os combustíveis, e verificar como está a eficiência dos seus processos, não somente reclamar dos altos preços”.
Nesse contexto, de acordo com o especialista, 55% das oportunidades em eficiência energética vem de processos térmicos (vapor, com uso de combustiveis, gás e biomassa).
“O vapor é uma área que pode ser muito melhorada, caso invista-se em metodologias de trabalho, profissionais altamente qualificados, sistemas de medição, instrumentação e softwares de otimização.Em média, em um trabalho estruturado de eficiência energética em uma unidade industrial, encontra-se de 5% a 15% de oportunidades de redução dos gastos em energia com ações com payback menor do que dois anos. Cerca de 40% desse valor podem vir de ações que não dependem de investimentos de capital”.
Com passagem por empresas como Alcoa, Braskem e Rhodia, Paulo Miotto liderou a implantação de programas corporativos de eficiência energética nos setores de metalurgia, química, petroquímica e mineração. É também consultor da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e do Banco Mundial.
A entrada da feira é gratuita para profissionais do setor, que podem fazer o credenciamento online e imprimir a credencial em casa, antes de chegar ao evento.
Serviço:
31ª Feira Internacional da Mecânica
Data: 17 a 21 de maio de 2016
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana – São Paulo – SP – Brasil
Mais informações: http://mecanica.com.br
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