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Fornecendo cerca de 50% do alumínio laminado consumido pela indústria automotiva no mundo todo, a Novelis vem aumentando ao ritmo de 20% a 25% ao ano suas vendas a montadoras e fornecedores, que compraram 341 mil toneladas do insumo no ano fiscal terminado em março de 2015, ou 11% do total de 3,1 milhões de toneladas processadas pela empresa no período. “A demanda global cresce com as exigências de limitação de emissões, alcançadas (em parte) com a redução de peso trazida pelo uso cada vez mais intensivo do alumínio em várias partes dos carros. Seguindo essa tendência o porcentual fornecido ao setor deve até avançar ainda mais este ano”, explica Fernando Wongtschowski, gerente de marketing e desenvolvimento de produto da Novelis no Brasil.
No mercado brasileiro a indústria automotiva consome mais alumínio fundido, aplicado em blocos de motor e rodas, por exemplo; o fornecimento do metal laminado ao setor ainda é marginal. “Fornecemos para alguns fabricantes de pequenas peças, mas o potencial é muito maior. Algumas montadoras estão testando nosso material, devem consumir mais nos próximos anos, mas ainda não fechamos nenhum contrato”, diz Wongtschowski. Para trabalhar com alumínio laminado, os fabricantes de veículos precisam também fazer diversas modificações nos processos industriais, principalmente nas áreas de estamparia e soldagem de carrocerias.
Se a demanda crescer também no Brasil, a Novelis já se preparou para aumentar o fornecimento às montadoras de forma rápida. A empresa investiu US$ 350 milhões em sua fábrica de Pindamonhangaba (SP), que desde 2013 aumentou a capacidade de laminação de 400 mil para 600 mil toneladas/ano, e a de reciclagem de 200 mil para 390 mil toneladas/ano. Isso significa que, nos níveis atuais, a Novelis sozinha pode dar conta de todo o consumo no País. Em 2015 foram consumidos no Brasil 575,7 mil toneladas de chapas de alumínio, por todos os setores.
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Wongtschowski avalia que o preço do alumínio, em torno de 20% a 25% mais alto do que o aço laminado, não deverá continuar a ser uma barreira para elevar a demanda das montadoras no Brasil, pois o custo de aquisição é amplamente compensado pela redução de peso, que pode diminuir o consumo de combustível em torno de 30%, além de ganhos com redução de estruturas da suspensão e aumento da durabilidade de peças.
O alumínio tem apenas um terço da densidade do aço. Essa leveza vem conquistando cada vez mais fabricantes de veículos, especialmente da Europa e Estados Unidos. A Ford, por exemplo, elevou substancialmente a quantidade de alumínio utilizada na nova picape F-150, sua campeã de vendas no mercado americano. A Jaguar Land Rover vem fazendo o mesmo e já tem modelos com carrocerias inteiras construídas em alumínio. Capôs e portas feitas com o metal mais leve já são bastante comuns em carros de diversas marcas. O alumínio da Novelis já está presente em mais de 180 modelos de carros em todo o mundo.
Reciclável
Outra vantagem do alumínio é seu alto grau de reciclabilidade, que reduz em cerca de 95% o consumo energético para a produção. Metade do metal laminado pela Novelis globalmente já vem de fontes recicláveis, no Brasil esse índice sobe para 62%. A empresa tem o objetivo de aumentar o porcentual de reciclagem em todas as suas plantas para 80% até 2020.
Isso permite o fechamento de contratos em ciclo fechado com alguns clientes, em que a Novelis se compromete a fornecer alumínio com porcentual reciclado mínimo pré-definido e também recolhe das montadoras toda a sucata que sobra do processo de produção, para reprocessamento e novo fornecimento. Ford e Jaguar Land Rover já fecharam acordos assim para a fabricação determinados modelos, com certificação de que 75% do alumínio fornecido sejam de fontes recicláveis.
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