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O laboratório para pesquisas em etanol de segunda geração (2G) da DSM, localizado em Campinas (SP), entrou em operação integral, após trabalhar de forma parcial durante o segundo semestre do ano passado, quando foi inaugurado. Projetado em 2013, a unidade demandou investimentos de cerca de 1 milhão de euros. "Tornamos o laboratório 100% operacional, utilizando vários substratos para produção de etanol celulósico", afirmou Maurício Adade, presidente para América Latina da DSM, uma empresa de origem holandesa com foco em tecnologia para as áreas de saúde, nutrição e materiais.
O executivo avalia que a perspectiva para o produto é favorável, dada a própria recuperação do setor sucroenergético e a busca por práticas consideradas mais sustentáveis. Nem mesmo o petróleo, que registra as menores cotações em mais de 10 anos, deve ofuscar esse cenário, pois é "uma coisa momentânea". Adade citou que já há grupos sucroalcooleiros parceiros da DSM em pesquisas de álcool celulósico, mas não revelou nomes.
De acordo com ele, o objetivo das pesquisas, que envolvem enzimas e leveduras, é "aperfeiçoar a produção de etanol 2G, tornando-a economicamente viável". "A pesquisa está voltada a toda indústria de etanol. Buscamos aproveitar o que não estamos utilizando e tentar tornar isso mais eficiente", comentou, referindo-se a materiais como bagaço e palha de cana-de-açúcar, essenciais para fabricação de álcool celulósico.
Atualmente, o custo para produzir etanol 2G ainda supera o de primeira geração, feito a partir do caldo da cana. Pelos cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o biocombustível de segunda geração só deve ter custo menor em 2020, entre R$ 0,50 e R$ 0,70 por litro, ante R$ 0,70 e R$ 0,90 por litro no caso do 1G.
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Outros investimentos
Adade comentou ainda que a DSM está investindo entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões para a expansão da fábrica de suplementos nutricionais para ruminantes da marca Tortuga, em Mairinque (SP). Até 2017, a capacidade de produção da unidade deverá ser duplicada, afirmou.
Na América Latina, a DSM está presente em 13 países, com 16 plantas fabris. Em âmbito global, a companhia atua em 18 nações. No ano passado, a DSM aumentou as vendas mundiais em 10%, para 7,7 bilhões de euros, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 1,07 bilhão de euros (+4%). Somente a área de nutrição reportou receita de 4,9 bilhões de euros (+14%).
Conforme a empresa, o objetivo para o triênio entre 2016 e 2018 é elevar o Ebitda em 15% a 20% via crescimento dos negócios, melhora da produtividade, redução de custos e "disciplina para investimentos", o que inclui menor envolvimento dos recursos financeiros nas operações e redução do capital de giro.
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