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O ritmo de contração da indústria do Brasil desacelerou no início de 2016, mas o setor permanece longe de mostrar recuperação, com quedas de produção e novas encomendas, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (1).
O PMI da indústria, segundo o Markit, foi a 47,4 em janeiro ante 45,6 em dezembro, chegando ao nível mais alto em 11 meses. Entretanto, permaneceu abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 12º mês seguido.
"A pesquisa reforça o cenário de contínua recessão no setor industrial brasileiro. Embora os sinais de que a contração diminuiu mais no início de 2016 sejam um passo na direção certa, a indústria ainda tem muito a percorrer depois de registrar um 'ano perdido' em 2015", destacou o economista sênior do Markit Rob Donson.
O volume de produção da indústria continuou se contraindo em janeiro, porém a um ritmo mais fraco em todas as três categorias cobertas pela pesquisa --bens de consumo, intermediários e de investimento.
Isso foi decorrência de outra queda no fluxo de entrada de novas encomendas, devido principalmente à fraqueza do mercado interno diante da fragilidade econômica.
"Com a demanda ainda fraca, especialmente no mercado doméstico, e o impasse político, as chances de uma retomada (do setor) em breve são pequenas", disse Donson.
Por outro lado, os novos pedidos para exportação cresceram pelo segundo mês seguido, na melhor taxa dos últimos seis anos favorecidos pelo fortalecimento do dólar em relação ao real.
Mas a fraqueza geral da indústria voltou a afetar o nível de empregos, que sofreu cortes pelo 11º mês em janeiro, com perdas em todas as três categorias.
O Markit informou ainda que o enfraquecimento do real também pressionou os preços dos insumos, aliado às pressões inflacionárias, levando as fábricas a repassarem os custos ao clientes. Com isso os preços cobrados subiram pela 16ª vez seguida.
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O IBGE divulga na terça-feira os números de dezembro e de 2015 da produção industrial, que sofreu no ano passado uma forte retração diante do cenário recessivo enfrentado pelo país.
Somente em novembro a produção caiu 2,4 por cento sobre outubro, pior resultado desde dezembro de 2013 e sexta mensal seguida.
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