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A Volkswagen estuda a possibilidade de vender no Brasil o Golf GTE, versão híbrida plug-in do modelo equipada com um motor elétrico e outro a gasolina, conjunto que oferece 222 cv de potência e emissões de apenas 35 gramas de CO2 por quilômetro rodado. A informação é de Marco Antônio Bottacin, supervisor de desenvolvimento estratégico da companhia no País, que participou do Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos na terça-feira (17). O executivo confirma que o automóvel já roda em testes em território nacional.
Apesar disso, ele evita dar qualquer outro detalhe sobre o projeto. “Não temos um prazo, está tudo em estudo. Precisamos verificar a viabilidade técnica e econômica de vender o Golf GTE aqui”, diz. Se realmente vier para o Brasil, o modelo pode ajudar a montadora a atender e, eventualmente a superar, as metas de eficiência energética do Inovar-Auto. O regime automotivo exige melhoria de ao menos 12% para a frota de cada montadora vendida no País. A questão é que modelos híbridos têm peso 2,7 vezes maior nessa conta.
“Se uma empresa vender mil veículos com a tecnologia no Brasil, no cálculo do Inovar-Auto vai ser como se ela tivesse emplacado 2,7 mil carros híbridos”, esclarece. Dessa maneira, ainda que a Volkswagen atinja a melhoria mínima de eficiência energética com a frota que já vende no Brasil, que conta com modelos de baixo consumo, como o Up! TSI, ela pode obter benefício extra ao passar a vender o Golf GTE localmente. Pelo Inovar-Auto, as empresas ganham desconto adicional na alíquota do IPI caso apresentem melhoria mais expressiva do que a mínima exigida na eficiência de sua frota.
Além do regime automotivo, o projeto de vender localmente o Golf GTE recebe impulso da recente redução do Imposto de Importação (II) para carros elétricos e híbridos. A importação de um automóvel mais amigável ao meio ambiente também pode amenizar o arranhão na imagem da marca causado pelo dieselgate, a fraude nos motores diesel EA 189, que emitem mais do que o permitido na legislação. No Brasil foram vendidas 17 mil unidades da Amarok equipadas com o propulsor adulterado.
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