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O presidente mundial da Enel, multinacional do setor de energia italiana, Francesco Starace, anunciou nesta quarta-feira (18) que o grupo investirá € 3,4 bilhões no Brasil no período 2016/2019, representando um aumento em relação aos investimentos de € 3 bilhões previstos anteriormente. O executivo destacou que o Brasil continua sendo importante para investimentos do grupo, principalmente em energias renováveis como de origem hidrelétrica, eólica e solar, entre outras.
"O Brasil é muito importante em futuros investimentos, principalmente em energias renováveis", destacou Francesco.
Em seu plano de investimentos para os próximos anos a Enel pretende ampliar sua capacidade de geração em 1,3 gigawatts participando de leilões no Brasil e na África do Sul. Quanto será em cada país ainda não está definido, mas ele disse que deve ficar em torno de 50% para cada país.
Segundo Starace, o momento é importante para investir no Brasil apesar da atual crise política e econômica que atravessa, já que, afirma, o país não vai aceitar um retrocesso no sistema político.
Por outro lado o interesse da companhia no Brasil também se deve à possibilidade de interligação de suas redes e sistemas. Além das distribuidoras federalizadas o executivo garantiu que o grupo está estudando com cuidado novos investimentos em expansões no sistema de geração e distribuição no Brasil.
"Não estamos tentando ser os reis do Brasil. Queremos crescer de forma equilibrada entre a geração e distribuição", destacou Starace, ao informar que o grupo vai participar do próximo leilão de energia das concessões de geração vencidas que será realizado no próximo dia 25.
O presidente global da Enel anunciou também que o grupo tem interesse na privatização das empresas distribuidoras estaduais atualmente controladas pela Eletrobras.
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"Temos interesse nas vendas das distribuidoras. Temos interesse em energias renováveis", destacou Francesco.
A Enel anunciou que vai investir € 17 bilhões no período de 2016 a 2019, o que representa um crescimento de € 2,7 bilhões em relação ao plano anterior 2015 a 2018. Esses investimentos são destinados à expansão das atividades do grupo. Outros € 11,5 bilhões irão para manutenção e melhoria dos sistemas, representando uma redução de 7% em relação aos € 12,3 bilhões do período anterior.
O diretor global de Infraestrutura e Rede da Enel, Livio Gallo, também destacou que o grupo considera uma oportunidade interessante de investimentos a venda do controle das distribuidoras estatais, hoje controladas pela Eletrobras, situadas principalmente na região Norte, como Ceron, Celg, Cepisa, Ceal, EletroAcre.
A Eletrobras está em fase de preparação para a venda inicialmente da Celg, de Goiás. Uma das metas da companhia é reduzir a atual dívida de € 57 bilhões para € 47,5 bilhões em 2019.
A italiana é uma das maiores empresas de energia da Europa e uma das maiores do mercado global de energia e gás do mundo, com maior atuação na Europa e na América Latina.
Com operações em mais de 30 países, entre os quais o Brasil onde controla as distribuidoras de energia Ampla, no Estado do Rio de Janeiro, e a Coelce, no Ceará, o o grupo tem quase 89 Gigawatts (GW) de capacidade instalada e uma rede de distribuição de eletricidade e gás de cerca de 1,9 milhão de quilômetros. Em todo mundo conta com 61 milhões de usuários.
Em 2014, a Enel teve um faturamento de cerca de € 76 bilhões e um lucro líquido de de cerca de € 3 bilhões. Na geração o grupo tem usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, geotérmicas, eólicas, solares fotovoltaicas e outras fontes renováveis. Segundo a empresa, em 2014, mais de 47% da sua energia foi gerada sem emissões de carbono.
A empresa pretende ampliar sua geração total de energia renovável no mundo dos atuais 38% para 52% de sua capacidade total em 2019. A Enel Green Power (EGP) é uma empresa de capital aberto do grupo Enel dedicada à produção de energia a partir de fontes renováveis.
A EGP administra mais de 9,8 GW de capacidade instalada, gerados a partir de fontes hídricas, eólicas, solares, biomassa e ciclo combinado, na Europa, nas Américas e na África.
No Brasil a Enel tem ao todo 984.6 megawatts de capacidade instalada de energia hidrelétrica e outros 418 megawatts de fontes renováveis principalmente eólica, solar e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) através da Enel Green Power.
*A repórter Ramona Ordoñez viajou a Londres a convite da Enel.
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