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O dólar subiu mais de 1,5 por cento nesta sexta-feira (13) para fechar acima de 3,80 reais pela primeira vez em duas semanas, em meio a ruídos sobre o futuro do comando no Ministério da Fazenda e temores sobre a política monetária dos Estados Unidos
O dólar avançou 1,75 por cento, a 3,8331 reais na venda, maior nível de fechamento desde 30 de outubro, quando ficou em 3,8628 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,88 por cento.
"Tem muito ruído em relação ao Levy. O mercado compra dólar para procurar proteção dessa incerteza", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano, referindo-se ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Notícia publicada no Valor PRO trouxe nesta tarde que a discussão sobre a troca de Levy pelo ex-presidente do BC Henrique Meirelles já estaria ocorrendo há mais de três meses, mas que não aconteceu até agora por resistência de Dilma. E, mesmo que Meirelles fosse para a pasta, não teria carta branca.
Rumores de que Meirelles iria à Fazenda chegaram a levar o dólar a recuar nesta semana, sob expectativas de que a mudança poderia facilitar o diálogo com o Congresso Nacional. Entre os boatos, atraiu atenção o de que ele gostaria de indicar também um novo presidente do BC e um novo ministro do Planejamento.
Operadores vinham adotando estratégias defensivas desde o início desta sessão, já citando a incerteza sobre a Fazenda. "A situação política e fiscal continua indefinida", disse mais cedo o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa. "A situação do ministro está longe de ser tranquila", acrescentou.
Mesmo a recente aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que permite a regularização de capitais brasileiros no exterior e a decisão da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso de proibir o abatimento da meta fiscal do ano que vem trouxeram alívio apenas limitado para o mercado.
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Outro fator que vem pressionando o câmbio é a perspectiva de que os juros subam nos EUA no mês que vem, o que poderia atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil. Dados sobre a confiança do consumidor nos EUA, entre outros, ajudaram a manter o dólar em alta nesta sessão.
"Mesmo quando há motivo para vender (dólares), o mercado vende com cuidado. O cenário como um todo está muito difícil, aqui e lá fora", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro. Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 5,322 bilhões de dólares, ou cerca de 49 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
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