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A Volkswagen deverá ser a terceira grande montadora no Brasil a aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo governo federal em julho e que prevê redução de até 30% da jornada de trabalho com corte proporcional de salário. Após quase 15 dias de negociações, empresa e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC chegaram a um entendimento para adesão ao plano na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). A proposta será votada pelos trabalhadores durante assembleia na tarde desta quinta-feira.
"Conseguimos chegar a uma proposta que acreditamos ser positiva para os trabalhadores e que dará conta de fazer o enfrentamento desse cenário de crise", avaliou o secretário-geral do sindicato, Wagner Santana, em nota. A expectativa do sindicato é de que os trabalhadores aceitem a proposta. Sindicato e montadora preferiram não adiantar detalhes antes da assembleia de amanhã.
Assim como a Volks deve fazer, já aderiram ao PPE a Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, e a fabricante de máquinas agrícolas Caterpillar, em Piracicaba (SP). Na Mercedes, o acordo entre sindicato e empresa prevê a redução de 20% da jornada de trabalho durante nove meses, com redução de 10% dos salários para os cerca de 10 mil trabalhadores da fábrica. Outros 10% dos salários serão financiados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), como prevê a legislação do PPE.
Fabricante de caminhões e ônibus da Volks no Brasil, a MAN Latin América também está estudando aderir ao PPE em Resende (RJ). Segundo o presidente da montadora, Roberto Cortes, a alternativa já foi apresentada ao sindicato da região, mas ainda não foi debatida. A ideia é aderir ao plano a partir de janeiro, quando acaba o acordo entre a empresa e os funcionários firmado em dezembro de 2014, antes do lançamento do PPE, que prevê redução de 10% da carga horária e igual porcentual dos salários durante todo o ano de 2015.
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