Fabricante de turbina eólica Vestas busca retomar enquadramento no BNDES em 2015

Em meados do ano passado, a empresa anunciou investimentos de até 32 milhões de euros no Brasil.

A Vestas, fabricante dinamarquesa de equipamentos de energia eólica, mantém o apetite pelo mercado brasileiro e espera que a construção de uma nova unidade no país lhe permita voltar ainda este ano à lista de empresas cujas máquinas podem ser financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O Brasil é um mercado chave para a Vestas e estamos comprometidos em fortalecer nossa presença no país", disse à Reuters o presidente regional da Vestas, Marco Graziano, por meio de nota.

Após ser procurada, a empresa disse que o objetivo é voltar a obter enquadramento junto ao BNDES o quanto antes, o que poderia acontecer já em novembro deste ano, quando está programada uma auditoria do banco estatal em suas instalações.

A Vestas, que respondia por 713 megawatts de turbinas instaladas em parques eólicos no país ao final de março, relatou que a nova fábrica será em Fortaleza, no Ceará, onde a empresa já possui uma unidade em operação desde 2011.

"Há um ano atrás, a companhia acertou com o BNDES um plano de estratégia para atender aos requisitos de conteúdo local. O plano incluiu a instalação de uma fábrica de hubs e nacelles em Fortaleza, que está atualmente em construção", disse Graziano.

A Vestas não divulgou, no entanto, para quando está prevista a conclusão da unidade.

Em meados do ano passado, a empresa anunciou investimentos de até 32 milhões de euros no Brasil.

A empresa saiu da lista de equipamentos financiáveis pelo BNDES no final de 2012, quando o banco apresentou um plano gradual de aumento do conteúdo local nos equipamentos eólicos a ser seguido pelos fabricantes presentes no país.

Apesar disso, a Vestas conseguiu assinar contratos para a venda de 286 megawatts em turbinas para parques eólicos no Brasil ao longo deste ano.

"Nossa estratégia no país está seguindo como planejado, e nosso objetivo é conquistar uma parcela justa do mercado brasileiro", disse Graziano.


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Segundo o executivo, a empresa também selou acordos com parceiros locais para a produção de pás e torres eólicas.