Recuperação do mercado e câmbio impulsionam exportações do Paraná

No primeiro semestre, as exportações paranaenses de máquinas e aparelhos de terraplanagem aumentaram 51,2%, para US$ 88,7 milhões.

Apesar da crise econômica e da perda de vigor do comércio exterior brasileiro em geral, alguns segmentos no Paraná estão conseguindo driblar as dificuldades e ampliar exportações, impulsionadas pela desvalorização do real frente ao dólar, pela recuperação da economia dos Estados Unidos e pelo crescimento de países da América Latina. 

Setores como de papel e madeira, bens de capital, compressores e bombas, carnes e café seguem em frente no mercado externo, com aumento de vendas acumuladas no primeiro semestre de até 51% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

“Os resultados desses setores demostram que, não obstante o cenário nacional um tanto quanto desfavorável, as exportações do Paraná vêm respondendo às demandas de recuperação do mercado internacional, privilegiando os produtos de maior valor adicionado, além da natural pujança do agronegócio”, afirma Julio Takeshi Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). 

Bens de capital

Mesmo com indústria de máquinas praticamente parada em todo o País, o Paraná vem se destacando na exportação desses equipamentos, que são fabricados aqui por empresas como CNH Industrial Latin America e Caterpillar. O movimento está sendo puxado pela retomada de obras de construção, especialmente em países da América Latina e do Oriente Médio. 

O México, principal destino das exportações de máquinas do Paraná, aumentou em 10% suas encomendas – para US$ 25 milhões - no primeiro semestre, segundo levantamento do Ipardes com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Mas os grandes destaques foram os crescimentos do Chile, com alta de 245,85%, para US$ 12,7 milhões, e da Arábia Saudita, com US$ 7,87 milhões, com avanço de 265,48%. 


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Fabricantes de compressores e bombas também estão conseguindo superar o cenário adverso e aumentaram em 12,9% as vendas externas, para US$ 64,9 milhões no período, puxadas pelas compras da Alemanha, Venezuela e França. “Por enquanto são os segmentos já tradicionalmente exportadores que estão aproveitando o dólar valorizado para ampliar suas vendas. Eles, de certa forma, estão antecipando a tendência que vamos ver nos demais segmentos, que devem apostar mais no comércio exterior também para compensar o mercado interno bastante deprimido. Com a melhora no câmbio, as exportações passam a ser uma alternativa”, diz Roberto Zürcher, da Fiep.