FMI prevê que economia brasileira vai encolher 1,5%

Previsão de crescimento da América Latina caiu para 0,5% em 2015.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou nesta quinta-feira (9) a diminuir drasticamente as previsões de crescimento da América Latina, que se expandirá apenas 0,5% em 2015, quatro décimos a menos do que o esperado em abril, assolada pela queda dos preços das matérias-primas e pela mudança de modelo na China.

As previsões para 2016 também não são das mais positivas. De acordo com o FMI, a região deve ter um crescimento de 1,7% no ano que vem, três décimos a menos do que a previsão de abril.

Na atualização de seu relatório "Perspectivas Econômicas Globais", o FMI prevê que o Brasil terminará este ano com uma contração de 1,5% e que o México se expandirá 2,4%, em ambos casos com grandes revisões para baixo, de cinco e de seis décimos, respectivamente, com relação ao que havia sido calculado três meses atrás.

No caso do Brasil, o corte nos cálculos ocorre por conta do ajuste fiscal aplicado pelo governo para estabilizar suas contas públicas, enquanto que o México foi afetado pelo buraco do primeiro trimestre do ano da economia americana.

Para o próximo ano, a instituição dirigida por Christine Lagarde prevê que o Brasil crescerá 0,7% e o México 3%, o que representa em ambos casos rebaixamentos de três décimos com relação às perspectivas de abril.

Grande parte destas quedas na América Latina são fruto da progressiva redução dos preços das matérias-primas, o menor apetite da China por sua transição para um modelo mais tombado na demanda interna e o encarecimento do crédito como consequência da antecipada alta das taxas de juros nos EUA, apontou o relatório do FMI.


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