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A indústria automobilística brasileira eliminou 7,6 mil vagas no primeiro semestre deste ano, divulgou nesta segunda-feira (6), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Só em junho, foram cortados 1,271 mil postos de trabalho. Após as recentes medidas de ajuste da produção à baixa demanda, o setor encerrou o sexto mês de 2015 com 136.929 empregados, 0,9% a menos do que em maio e 9,6% inferior ao contingente de trabalhadores de junho do ano passado.
Apenas o segmento de autoveículos registrou retração de 0,8% no número de empregados em junho na comparação mensal, ao encerrar o mês com 120.142 funcionários. Em relação a junho do ano passado, a queda foi ainda maior, de 8%. Já o segmento de máquinas agrícolas teve recuo de 1,9% no número de empregados em junho ante maio e tombo de 19,6% na variação anual, ao somar 16.787 funcionários.
Proteção ao emprego
O Governo Federal deve lançar nesta segunda-feira (6), em Brasília, a Medida Provisória (MP) que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A informação foi confirmada pela presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O programa, fruto de negociação das centrais sindicais, indústrias e o Planalto, prevê redução da jornada de trabalho com redução proporcional de salários, em períodos de crise.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, explicou que o PPE vai prever a possibilidade de redução de até 30% da jornada de trabalho, com redução de 30% do salário pago pelo empregador. Para o trabalhador, contudo, o salário será reduzido em apenas 15%, pois os outros 15% cortados serão compensados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo Moan, a redução só será aceita se houver acordo entre sindicato e empresa.
Centrais sindicais prometem estar presentes durante o lançamento do plano hoje. "Vamos analisar a medida provisória que será anunciada pelo governo e, se necessário, vamos sensibilizar os parlamentares a promoverem os ajustes que os trabalhadores considerarem necessários", disse o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, em nota. De acordo com Moan, a MP deve ter validade imediata a partir do lançamento.
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Venda
A venda de veículos no mercado brasileiro caiu 20,7% no primeiro semestre de 2015. De janeiro a junho, foram emplacados 1.318.949 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o Brasil. Apenas em junho, foram licenciadas 212.524 unidades, o correspondente a quedas de 0,1% ante maio e de 19,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Levando em conta apenas automóveis e comerciais leves, as vendas no primeiro semestre recuaram 19,7%, ao somar 1.271.989 unidades, sendo 1.076.261 automóveis e 195.728 comerciais leves. Desse total, 204.896 autos e leves foram emplacados em junho, retração de 0,2% em relação a maio e recuo de 18,4% frente junho de 2014. De acordo com a Anfavea, no sexto mês de 2015, foram vendidos 175.272 automóveis e 29.624 comerciais leves em todo o País.
A venda de caminhões, por sua vez, caiu 42,3% nos seis primeiros meses de 2015. No período, foram emplacadas 37.295 unidades. Só em junho, os licenciamentos totalizaram 6.181 unidades, o equivalente a alta de 2,7% ante maio, porém a queda de 41,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já os emplacamentos de ônibus recuaram 27,7% no primeiro semestre, ao totalizar 9.665 unidades. Só no mês passado, foram vendidos 1.447 ônibus, quedas de 0,3% na variação mensal e de 26,3% na anual.
Produção
A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro caiu 18,5% no primeiro semestre de 2015, divulgou há pouco a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). De janeiro a junho, foram fabricados 1.276.638 veículos em todo o País. Só em junho, foram produzidas 184.015 unidades, o equivalente a queda de 12,5% ante maio e de 14,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção no primeiro semestre recuou 17%, ao totalizar 1.221,143 unidades produzidas, sendo 1.033.838 automóveis e 187.305 comerciais leves. Apenas em junho, 176.932 autos e leves foram fabricados, retração de 12,4% em relação a maio e recuo de 13,8% ante junho de 2014. Segundo a Anfavea, no mês passado, foram produzidos 149.650 automóveis e 27.282 comerciais leves no País.
A produção de caminhões, por sua vez, tombou 45,2% nos seis primeiros meses de 2015. No período, foram fabricadas 41.630 unidades. Em junho, a produção totalizou 5.284 caminhões, o equivalente a quedas de 14,3% ante maio e de 35,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a produção de ônibus recuou 27,8% no primeiro semestre, ao totalizar 13.865 unidades. Só no mês passado, foram fabricados 1.799 ônibus, quedas de 22,4% na variação mensal e de 29,2% na anual.
A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias caiu 24,4% no primeiro semestre de 2015 em relação a igual período do ano passado. De janeiro a junho, foram fabricadas 30.544 unidades. Desse total, 3.698 foram produzidas no mês passado, quantidade ainda 36,4% menor do que em maio e 36,6% inferior à produção de junho de 2014.
Exportação
As exportações de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 5.549.347 no primeiro semestre deste ano, baixa de 7,4% em relação a igual período do ano passado. Somente em junho, o setor exportou US$ 1.014.989, o equivalente a queda de 19,7% ante maio, mas a alta de 20,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No sexto mês deste ano, foram exportadas 48.068 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O número não incluiu máquinas agrícolas. A quantidade corresponde a altas de 17,9% na comparação com maio e de 96,8% ante junho do ano passado. Com o resultado, as exportações em unidades avançaram 16,6% no primeiro semestre de 2015 frente a igual período de 2014, ao totalizar 197.348 unidades exportadas.
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