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O crescimento acelerado da frota nacional, que se aproxima dos 50 milhões de veículos em circulação, sustenta a expansão da NGK no Brasil, que investe valor não revelado para ampliar e modernizar sua fábrica de Mogi das Cruzes (SP), com meta de produzir 100 milhões de velas de ignição por ano até 2020 – hoje o ritmo é de 75 milhões/ano e a planta atingiu este ano a marca de 2 bilhões de velas fabricadas desde sua instalação no País, há 55 anos. O impulso vem do aftermarket, que atualmente consome 82% das vendas de velas da empresa.
“Até o ano passado as montadoras tinham participação de 22% nas compras do componente, mas com o recuo do mercado de veículos novos a reposição ganhou mais importância”, explica Edson Miyazaki, diretor nacional de vendas e planejamento estratégico da NGK.
Como velas estão entre os itens mais consumidos em manutenções de rotina, a contração das compras diretas das montadoras é plenamente compensada pela reposição. A conta é simples: “De 2008 a 2013 as vendas de carros novos no País cresceram em média 6% a 7% ao ano, injetando mais de 3 milhões de unidades por ano na frota. Como um carro precisa trocar as velas a cada três a quatro anos de uso, significa que desde 2011 ou 2012 eu tenho potencial de mercado para vender velas a cerca de 3 milhões de veículos a mais por ano”, calcula Miyazaki.
Segundo ele, a NGK detém cerca de 80% do fornecimento de velas de ignição às montadoras no Brasil, domina perto de 70% do mercado nacional de reposição e 40% no restante da América do Sul, onde a fábrica brasileira é responsável por abastecer a região. Portanto, contando as exportações, o potencial de aumento nas vendas pode chegar a 4 milhões de veículos por ano.
Em oposição ao aftermarket, as vendas diretas às fábricas de veículos recuam. Além de velas, a NGK também fornece às linhas de montagem cabos de ignição, todos fabricados no Brasil, e sensores de oxigênio 100% importados. “Para voltar ao mesmo nível de 2013 será difícil nos próximos dois anos. Em 2015 e 2016 a economia não deverá crescer o suficiente para reaquecer o mercado de carros novos”, avalia o executivo.
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Miyazaki avalia que o câmbio favorável às vendas externas não deverá alterar de forma significativa os embarques de peças da empresa para fora do País. “Nossas exportações não crescem em função do dólar, por já praticamos preços internacionais. Quando o real estava mais forte, mantivemos os mesmos valores”, diz.
Os níveis de importação da NGK no Brasil variam bastante de acordo com o produto. No caso de velas, 99% das vendas são de peças produzidas em Mogi das Cruzes, que também faz 100% dos cabos, estes fornecidos exclusivamente às montadoras, sem participação no aftermarket. Já os sensores de oxigênio são 100% importados e vendidos diretamente só aos fabricantes de veículos. Este ano a empresa acrescentou ao seu portfólio no País bobinas e velas com aquecimento para motores diesel, ambos os produtos importados de outras unidades no mundo, principalmente do Japão, e aqui destinados somente ao mercado nacional de reposição.
“Temos pedidos das montadoras para nacionalizar sensores de oxigênio e bobinas, sempre estudamos as possibilidades de produção aqui, mas no momento os volumes não compensam. No caso das bobinas entramos agora nesse mercado e nem haveria capacidade para fornecer aos fabricantes de veículos”, informa Miyazaki.
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