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Há 19 anos na Aperam South America desde que entrou como trainee, o mineiro Frederico Ayres Lima, 42, assumiu a presidência da siderúrgica há três meses comandando um plano de investimentos na planta industrial de Timóteo, no Vale do Aço (MG), que é a maior da empresa dentre as seis unidades existentes no mundo. “Neste ano estamos fazendo dois investimentos importantes”, conta o engenheiro metalurgista sobre o aporte de US$ 26 milhões em equipamentos, processos e produtos.
Um deles, de US$ 17 milhões, é em um aço de alta permeabilidade para transformadores mais eficientes, o chamado aço HGO. “Não existia a produção local desse aço no Brasil”, conta o executivo. Assim, a fabricação desse aço elétrico começa em 2016. A fase atual é de engenharia básica, compra de equipamentos e tecnologias, além do planejamento para a interrupção do funcionamento dos equipamentos que precisam ser alterados para receber essa nova tecnologia.
Lima explica que a Aperam resolveu apostar nessa nova linha porque viu que esse segmento iria crescer mais do que os outros. “Então, aprovamos esse investimento no ano passado, além das aplicações correntes em pesquisa, desenvolvimento e meio ambiente”, informa.
Esse novo aço que a Aperam vai produzir na unidade de Timóteo fará parte da capacidade de produção de 60 mil toneladas de aço regular e de alta permeabilidade que a siderúrgica já tem. Mas o volume produzido ainda vai depender do que o mercado demandar. “É um aço para aumentar a eficiência energética de um transformador. Esse aço tem uma performance magnética superior”, explica o executivo.
Outra frente de aportes, de US$ 9 milhões, será na modernização de um dos quatro laminadores da Aperam em Timóteo. Também será feita uma suspensão do equipamento no fim deste ano, e ele volta a operar no ano que vem. “Os outros (laminadores) já passaram por modernizações”, diz.
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Mercado
Líder em aços inoxidáveis e elétricos na América do Sul, a unidade mineira da Aperam tem uma capacidade de produção de aço bruto (placas) de 800 mil a 900 mil toneladas por ano. Em 2014, a produção foi de 654 mil toneladas. “Temos uma utilização da capacidade instalada próximo a 90%, mas ainda temos um horizonte de cinco anos de capacidade instalada suficiente para abastecer o mercado”, calcula.
A unidade mineira também leva aço a 50 países. “Oitenta por cento do aço produzido em Timóteo vai para o mercado interno e os outros 20% para o mercado externo. Exportamos muito para as Américas”, conta Lima.
Com 3.200 empregados – entre a siderúrgica no Vale do Aço e a Aperam Bioenergia, no Norte de Minas – a companhia não pretende aumentar o número de funcionários. “Como não estamos trabalhando no aumento de capacidade, porque o mercado não cresceu, não tem nenhuma mudança no volume de empregados”. A Aperam Bionergia produz o carvão vegetal para manter os três altos-fornos da planta de Timóteo.
Constituição
Em janeiro de 2011, houve o desmembramento de todas as operações de inoxidáveis da ArcelorMittal resultando no que é hoje a Aperam, com outro conceito de administração, deixando de ser do grupo, virando uma empresa independente.
Naquele momento, quem tinha ações da ArcelorMittal recebeu ação da Aperam. Num primeiro momento, os acionistas eram os mesmos, mas sem nenhuma relação com a ArcelorMittal.
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