Uso racional da água mobiliza empresários

Fiemg lançará programa Pacto das Águas em prol do uso consciente do recurso natural.

Diante da crise hídrica e energética que o país atravessa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, enfatizou que a indústria mineira já está fazendo - e continuará fazendo - sua parte para economizar água, sem deixar de aumentar a produtividade e com custos minimizados. Na próxima semana, a entidade vai lançar o Pacto das Águas, uma espécie de programa que tem o objetivo de mobilizar entidades empresariais, governo e indústria em prol do uso consciente do recurso natural.

"Nas áreas de energia e de recursos hídricos, a indústria tem que dar sua colaboração e ela tem se preocupado com isso. Na semana que vem, lançaremos o Pacto das Águas, trazendo o mundo empresarial e entidades de classe para somar e mostrar para autoridades como podemos contribuir nessa compulsória economia de água que estamos todos sujeitos: o cidadão, a indústria e a agricultura. ɐ a crise mais aguda e é um desafio que vamos vencer", disse Machado Junior.

O presidente da entidade lembrou ainda o programa Minas Sustentável, criado em 2010 pela Fiemg, e que basicamente ajuda empresas a se adaptar dentro das normas ambientais. "Isso mostra que o meio ambiente é uma preocupação da indústria", afirmou.

Da parte do governo, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa, também destacou a atuação do Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Instituto HidroEx), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

"Temos uma grande instituição de estudo e pesquisa em águas, que é o HidroEx e que tem se fundamentado no decorrer dos últimos quatro a cinco anos. Em parceria com a Unesco, o HidroEx é hoje um dos cinco grandes centros de estudos em água do mundo e avançar nesse caminho é uma prioridade absoluta no momento atual", disse o secretário.


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O diretor de Tecnologia e Engenharia da Votorantim Metais, Alexandre Gomes, acrescentou que, "dentro da visão de tecnologia e sustentabilidade da empresa, a prioridade é reduzir e reciclar o uso da água e da energia". Segundo ele, para a companhia, a energia pode representar até 40% do custo de produção em algumas unidades, apesar de 60% a 70% do total consumido pela empresa em todas as suas plantas, dependendo do regime de chuvas, ser de geração própria.